Na terça-feira (11), o Hamas emitiu um novo comunicado sobre as posições de Donald Trump. O presidente dos EUA defendeu diversas vezes a limpeza étnica da Faixa de Gaza e começou a apoiar um possível retorno da guerra no sábado (15), anunciado por Netaniahu.
O comunicado afirma: “reiteramos nossa rejeição às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o deslocamento do nosso povo da Faixa de Gaza sob o pretexto de reconstrução. As declarações de Trump são racistas e representam um apelo à limpeza étnica, com o objetivo de liquidar a causa palestina e negar os direitos nacionais estabelecidos do nosso povo”.
E segue: “nosso grande povo em Gaza permaneceu firme diante dos bombardeios e da agressão, continuará resiliente em sua terra e frustrará todos os planos de deslocamento e deportação forçada. O que a ocupação não conseguiu alcançar por meio da agressão e dos massacres, também não conseguirá por meio de planos de liquidação e deslocamento (grifo nosso)”.
E concluiu: “o Hamas está comprometido com o acordo de cessar-fogo, desde que a ocupação também cumpra o acordo, que foi patrocinado e garantido pelos mediadores (Egito, Catar e Estados Unidos) e testemunhado pela comunidade internacional. Confirmamos que a ocupação é a parte que não cumpriu seus compromissos e que é responsável por quaisquer complicações ou atrasos”.
