Nesta quarta-feira (15), o jornal maoísta A Nova Democracia denunciou que seu canal no YouTube foi derrubado pela plataforma em razão de seu programa Plantão Palestina. O banimento foi precedido de desmonetização do canal, no dia anterior (14), conforme noticiado no portal do AND. O Diário Causa Operária repercutiu a denúncia da perseguição realizada pelo Youtube contra o AND, denunciando que a plataforma agiu a serviço do sionismo, assim como fez quando desmonetizou a Causa Operária TV.
Diante da solidariedade do DCO, e de outros órgãos de imprensa de esquerda que repercutiram o fato, o A Nova Democracia publica a seguinte declaração, agradecendo à solidariedade e apelando “a todos os órgãos de imprensa progressistas, democráticos e revolucionários a ampliarem a denúncia”. Segue a declaração, na íntegra:
“É um caso absurdo de censura à imprensa popular, democrática, anti-imperialista e pró-Palestina. Não se trata de ser um canal parcial: todo jornalismo é, e o YouTube está cheio de canais sionistas (a começar pelos do monopólio de imprensa) e reacionários, como podcasts policialescos que convidam assassinos em série da Polícia Militar para serem entrevistados. O problema aqui, para os magnatas da Google e YouTube, é apoiar a luta armada dos povos oprimidos por libertação, em especial a luta do povo palestino, e noticiar a luta popular no Brasil, inclusive as batalhas da guerra camponesa revolucionária travadas no interior do nosso país. Fomos o primeiro canal da imprensa popular a lançar um programa inteiramente dedicado à cobertura da guerra de libertação do povo palestino: sempre transmitimos e sempre vamos transmitir as filmagens das operações da Resistência Nacional, em que os guerrilheiros humilham as tropas sionistas e varrem a ocupação de sua terra. É isso que desagradou às diretrizes reacionárias e sionistas do YouTube. Mas não vamos abaixar o nosso tom, muito menos mudar o caráter revolucionário de nosso jornalismo, para sobreviver nessas redes. Trata-se do compromisso assumido há mais de 20 anos pelo AND: de fazer um jornalismo revolucionário, comprometido com as massas e em defesa da verdade. Que podemos fazer se a verdade atual, registrada em vídeos, é que os guerrilheiros árabes achincalharam o Exército sionista?”
“Não estamos surpresos, isso não nos pega desprevenidos. Mas, ao mesmo tempo, temos plena consciência de que as ações de censura dessas empresas imperialistas merecem uma resposta dura. Já estamos iniciando uma campanha de solidariedade ativa com o nosso jornal e os resultados aparecem: menos de 24 horas do anúncio da censura, o Diário da Causa Operária, a Federação Árabe Palestina do Brasil, o Jornal dos Trabalhadores, o jornal internacional O Arauto Vermelho e o portal Palestine Chronicle já noticiaram o caso. Apelamos a todos os órgãos de imprensa progressistas, democráticos e revolucionários a ampliarem a denúncia. Ao mesmo tempo, vamos partir para o campo judicial: estamos em contato com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, com advogados populares e com advogados pró-Palestina para montar um caso sólido contra o ato de censura. Enquanto isso, seguimos com a cobertura popular e pró-Palestina, tanto no nosso portal, quanto com os programas, agora transmitidos no Instagram. Não descansaremos. Aqui é Palestina!”