O diretor e roteirista americano David Lynch morreu nesta quinta (16), aos 78 anos. A morte foi anunciada por sua família nas redes sociais oficiais do artista e a causa do óbito não foi divulgada por seus parentes, que pediram “privacidade”.
“É com profundo pesar que nós, sua família, anunciamos o falecimento do homem e artista David Lynch. Gostaríamos de ter um pouco de privacidade neste momento. Há um grande buraco no mundo agora que ele não está mais conosco. Mas, como ele diria, ‘Fique de olho no donut e não no buraco’. É um lindo dia com sol dourado e céu azul por todo o caminho”, diz o post da família de Lynch nas redes.
Lynch vinha sofrendo problemas de saúde e revelou, no ano passado, que foi diagnosticado com enfisema pulmonar em 2020. Ele fumava cigarro desde os 8 anos de idade e deixou da trabalhar presencialmente na direção de suas obras após descobrir a doença.
“Eu tenho enfisema por fumar por tanto tempo, e por isso estou preso em casa, gostando ou não. E agora, por causa da Covid, seria terrível, para mim, ficar doente, mesmo que seja um resfriado”, disse o diretor em entrevista à revista americana “Sight and Sound” em 2024.
Nascido em Montana, nos Estados Unidos, e criado na zona rural de Idaho e Washington, ele ficou conhecido por seu estilo cinematográfico próprio, conhecido como “Lynchiano”, com obras surrealistas, com caraterização de imagens de sonhos e fortes elementos sonoros.
Autor de obras como o filme “Duna” (1982) e a série “Twin Peaks” (1990), Lynch recebeu um Oscar honorário pelo conjunto de sua obra em 2019. Ele foi indicado três vezes ao prêmio de melhor diretor pelos filmes “O Homem Elefante” (1980), “Veludo Azul” (1986) e “Cidade dos Sonhos” (2001).
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