O cessar-fogo entre Israel e Hamas está previsto para começar neste domingo (19) e será implementado em fases que devem se estender por meses. A votação do acordo pelo governo israelense está marcada para esta quinta-feira (16), mas enfrenta atrasos após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusar o Hamas de alterar os termos previamente negociados. O grupo nega as acusações e afirma que segue comprometido com o pacto.
A trégua foi mediada pelo Catar, Estados Unidos e Egito, sendo anunciada na quarta-feira (15). O plano prevê a libertação de reféns em troca da soltura de prisioneiros palestinos, além da retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Na primeira etapa, que durará seis semanas, 33 reféns serão libertados, enquanto Israel soltará cerca de mil prisioneiros palestinos.
Fases do acordo
Durante a implementação da primeira fase, Israel permitirá a entrada de 600 caminhões com ajuda humanitária por dia no território palestino. Entre os reféns a serem libertados pelo Hamas estão mulheres, crianças e homens com mais de 50 anos. Em troca, Israel priorizará a soltura de mulheres e menores de idade detidos.
As fases seguintes do acordo ainda dependem de negociações. A segunda etapa deverá incluir a libertação de todos os reféns restantes, enquanto a terceira discutirá a reconstrução de Gaza e o futuro governamental da região. Segundo especialistas, a administração do território continua sendo um ponto de impasse nas negociações.
Joe Biden se manifesta
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou a importância do cessar-fogo e da entrada de ajuda humanitária para os civis em Gaza. Ele afirmou que “já passou da hora de os combates terminarem e de o trabalho de construir a paz e a segurança começar.” Líderes internacionais pedem compromisso das partes envolvidas para garantir a execução do acordo.
Israel afirma que ajustes finais ainda são necessários no texto, mas a expectativa é que a maioria dos ministros vote a favor do cessar-fogo. O Catar, responsável por garantir a implementação, reforçou que ambas as partes precisam cumprir os termos para evitar novos conflitos.
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