Nesta terça-feira (14), chegou à Londres, capital britânica, uma delegação Administração Autônoma do Norte e Leste da Síria e do Conselho Democrático Sírio, com objetivo de discutir questões relacionadas ao “futuro e à estabilidade da síria” e pedir “apoio internacional” aos curdos, conforme noticiado pela agência de notícias Hawar.
Concretamente, a delegação curda foi à Inglaterra para pedir apoio do imperialismo britânico contra a ação da Turquia e o Exército Nacional Sírio (comandado pela Turquia) no nordeste da Síria:
“[…] as reuniões se concentrarão na discussão de arquivos vitais relacionados à situação atual e ao futuro da Síria com o lado britânico, como a situação política e de segurança na Síria, e na discussão dos últimos desenvolvimentos no nordeste da Síria, que fornecem um modelo único de estabilidade em uma região dilacerada por conflitos ao longo de 14 anos, e na discussão dos ataques recentes à região pela Turquia e seus mercenários”, informou a agência Hawar, ligada aos curdos.
A região nordeste da Síria é controlada pelo imperialismo, através das Forças Democráticas Sírias, coalizão de organizações curdas. Sua principal organização militar são as Unidades de Proteção Popular (YPG), braço armado do Partido Trabalhista do Curdistão, organização considerada terrorista pelo Estado Turco, em razão de insurgência iniciada nos anos 1980.
Em Londres, a já citada delegação curda “participou de uma sessão de discussão de alto nível, com a presença de embaixadores e diplomatas europeus, e funcionários dos ministérios das relações exteriores de países europeus, Grã-Bretanha, América e países árabes, além de acadêmicos e políticos proeminentes”, dentre os quais “Maurice Glassman, um dos membros mais proeminentes da Câmara dos Lordes Britânica” e Andrew Mitchell, o ex-Secretário de Estado para o Desenvolvimento Internacional […] uma das figuras influentes na política internacional e no Parlamento Britânico” conforme noticiado pela agência Hawar.
Conforme a agência, os representantes do imperialismo “demonstraram grande interesse na visão da Administração Autônoma para uma solução” para a situação na Síria, especialmente o conflito entre as organizações curdas pró-imperialistas e a Turquia e seu exército por procuração.
Sem especificar que solução seria esta, Hawar destaca que a visita da delegação curda “representa um passo fundamental no fortalecimento da posição da Administração Autônoma no cenário internacional e na consolidação de parcerias que apoiam as aspirações do povo sírio por liberdade, dignidade e justiça”, dando o tom da demagogia que o imperialismo pretende utilizar para eventualmente agir contra as pretensões da Turquia de se fortalecer, até mesmo através da expansão territorial.
