Na terça-feira (14), o ministro da Segurança Nacional de “Israel”, Itamar Ben-Gvir, admitiu que impediu o governo de aceitar várias propostas de cessar-fogo em Gaza ao longo do ano.
“Neste último ano, por meio de nossa força política, conseguimos impedir que tal acordo fosse realizado, repetidas vezes“, declarou Ben-Gvir, que lidera o partido nazista Poder Judeu e é ministro na coalizão governista de Netaniahu.
Ben-Gvir e seu aliado, o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, anteriormente ameaçaram deixar a coalizão de Netaniahu, potencialmente derrubando-o do cargo de primeiro-ministro, caso ele aceitasse um acordo que encerrasse os combates em Gaza.
No entanto, Ben-Gvir afirmou ter perdido essa influência quando o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, e seu partido Nova Esperança se juntaram à coalizão em setembro.
“Recentemente, outros atores que apoiam o acordo ingressaram no governo, e não temos mais o equilíbrio de poder“, lamentou.
Ben-Gvir também declarou: “o acordo pendente é terrível; eu conheço bem seus detalhes. Ele inclui a libertação de centenas de terroristas assassinos das prisões, o retorno de habitantes de Gaza para a parte norte da faixa, a retirada das FDI [exército] do Corredor de Netzarim e a renovação da ameaça aos residentes da área fronteiriça de Gaza. Na verdade, ele elimina as conquistas obtidas com o sangue de nossos combatentes até agora em Gaza”.
As declarações de Ben Gvir são importantes pois mostram que desde maio de 2024, quando o acordo cessar-fogo foi definido, quem não o aceitou foi “Israel” e não o Hamas.
