Marcelo Barbosa do Amaral (25), jovem que foi jogado de ponte pelo policial militar Luan Felipe Alves Pereira, prestou depoimento nesta sexta (6) e afirmou que também foi agredido com golpes de cassetete na cabeça e nas costas. Durante a oitiva, a vítima ainda disse ter sofrido uma ameaça do agente.
Ele chegou na delegacia por volta das 14h e ficou no local por duas horas e meia. Marcelo disse aos policiais que estava trafegando normalmente com sua moto e freou quando notou a presença dos policiais. O jovem nega que estava em alta velocidade e diz que os policiais começaram a correr em sua direção logo depois.
A vítima ainda afirmou que teve que descer da moto e correr, momento em que foi atingido por golpes de cassetete. Marcelo ainda disse que um dos policiais o levou “pelo colarinho” até a ponte e fez a seguinte ameaça: “Você tem duas opções: ou você pula da ponte ou eu jogo você e sua motociclista daqui”.
O jovem disse que ficou com ferimentos no joelho por cair em um córrego e que as lesões em sua cabeça foram causadas pelos golpes de cassetete. Ele relata que recebeu apoio de pessoas em situação de rua que estavam embaixo da ponte e indicaram um caminho para que ele pudesse fugir.
Na sequência, segundo o depoimento, um homem desconhecido deu carona a ele até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Catarina.
Marcelo relatou que disse aos policiais que não era ladrão e que a moto não era roubada, e que não entendeu o motivo de ser agredido, já que não agrediu verbalmente nenhum dos agentes. Ele também diz que em momento algum os PMs pediram seus documentos ou perguntaram seu nome.
A vítima foi encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para fazer exame de corpo de delito e deve prestar depoimento à Corregedoria da corporação. Luan Felipe foi preso preventivamente nesta quinta (5) após ordem da Justiça Militar.
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