O fotógrafo mineiro Luís de Castro Sousa: ele desapareceu em Paris. Foto: reprodução

O fotógrafo Luís de Castro Sousa, de 36 anos, é considerado desaparecido desde terça-feira (26), quando deveria ter retornado ao Brasil e parou de se comunicar com a família. O mineiro estava em Paris, onde desembarcou em 1º de novembro, para realizar fotos em um casamento de um casal de brasileiros no dia 4 de novembro.

Para o evento, o fotógrafo estava acompanhado de Alexandre Esteban, amigo e sócio de Luís na empresa Toujours Fotografia desde 2015, que ambos mantém em Mangabeiras, Belo Horizonte. Alexandre, de família francesa, voltou ao Brasil, onde reside, mas Luís se planejou para ficar mais alguns dias de férias “curtindo a cidade”, alega o amigo. Apaixonado por Paris, Luís fala francês fluentemente e tem muitos amigos na capital.

Alexandre Esteban, confirmou à RFI desconhecer a existência de uso medicação controlada ou problemas de depressão por Luís.

“Ele tinha economias e resolveu ficar por conta própria. Toda viagem internacional ele gostava de ir para Paris. Estava tudo bem. Ele gosta bastante de Paris e da cultura francesa. O meu pai é francês e ele adorava conversar com ele, inclusive no domingo enviou a foto em um restaurante que meu pai adora”, conta o empresário.

Os últimos passos de Luís, segundo apuração da família

O check-in on-line para o voo da Latam no dia 26 foi feito na véspera por Luís, no entanto, ele não embarcou e a família foi avisada por uma mensagem de um amigo francês de Luís, chamado Alexandre, que ele teria sofrido um acidente, mas o mesmo amigo não estaria com Luís na hora do ocorrido.

Segundo Rafael Basso, outro mineiro e amigo de Luís, que mora em Paris, o acidente consistiu em uma queda no rio Sena, na altura do Café Les Ondes, no 16° distrito da capital, a poucos metros da beira do rio e próximo da Torre Eiffel, onde testemunhas relatam terem visto Luís na terça, dia 26. Luís deu entrada no hospital Georges Pompidou, próximo do ocorrido, foi liberado ainda na terça. Rafael Basso conta que em contato com a unidade hospitalar não conseguiu acesso ao prontuário e que teria entrada às 6 da manhã e saiu ao meio-dia.

“O hospital apenas diz que se deram alta para ele é porque ele estava bem e estava consciente. E realmente, pois depois disso, a agência através da qual ele alugou o apartamento onde estava hospedado, confirmou que Luís foi até a agência pessoalmente, ainda com as roupas molhas, pedir a extensão de mais um dia de hospedagem. Em seguida, ele teria voltado para este apartamento, tomado banho e começado a arrumar a mala, mas depois disso a gente não tem mais contato nenhum”, relata o amigo.

O apartamento no 13° distrito de Paris é alugado pela agência Check My Guest, que confirmou as informações a Rafael Basso. De acordo com ele, os pertences, incluindo o passaporte, foram retirados do imóvel por um amigo, que foi contactado pela agência após constatar que a mala de Luís permanecia no local mesmo após o horário determinado para a saída. O mesmo amigo se recusa a abrir a mala sem a presença da polícia, que ainda não solicitou a revista do conteúdo para buscar pistas sobre o desaparecimento de Luís.

 

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Last Update: 01/12/2024