Na última sexta-feira (29), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizou atos em várias unidades da Petrobrás, no Dia Nacional de Luta “em defesa da vida e por basta à insegurança crônica que tem adoecido e matado trabalhadores” na Petrobrás.
Nos últimos dois meses, já foram a óbito cinco trabalhadores, vítimas de acidente no Sistema Petrobrás.
Conforme noticiou a FUP no dia 27, dois petroleiros morreram e outro ficou gravemente ferido no Terminal da Transpetro, em Angra dos Reis.
Esses dois óbitos se somam a mais três vítimas fatais que ocorreram nos dias 05, 07 e 08 de outubro.
Conforme declaração do coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, “foram cinco mortes de petroleiros em menos de dois meses, isso deixa evidente a fragilidade das políticas de saúde e segurança na Petrobrás”.
A direção da FUP denuncia a política de segurança da estatal que vem provocando inúmeros acidentes de trabalho: “Seja nas mobilizações, nas assembleias de base ou nas negociações com a Petrobrás e subsidiárias, a categoria tem denunciado os riscos constantes causados pelo acúmulo de funções, pelas dobras quase que diárias, falta de treinamento adequado, assédios e tantas outras situações de insegurança”.
Uma das questões que mais chama a atenção é que de todas as mortes que aconteceram nesse período são de trabalhadores petroleiros contratados por empresas terceirizadas, o que revela as consequências do golpe de Estado de 2016.
A luta da categoria passa por uma questão política decisiva, de vida ou de morte, por causa dos descasos em relação à segurança no trabalho, além da manutenção do emprego e contratação de pessoal contra as terceirizações e a privatização.
Não tem como concretizar as reivindicações dos trabalhadores por meio de um processo de sensibilização dos gestores. Sem que haja um confronto mais enérgico de ocupação das plantas e plataformas de produção, com um grupo paredista de verdade para fazer frente a esta verdadeira destruição de um patrimônio brasileiro, a total entrega ao capital estrangeiro, vai mais uma vez fazer essa transição da pior maneira para a classe trabalhadora.