Militares do Exército brasileiro perfilados em Duque de Caxias (RJ). Foto: Bruno Batista/FAB

A revelação de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes continua a chocar o Brasil.

O caso foi exposto pela Operação Contragolpe, da Polícia Federal, que resultou no indiciamento de 25 militares das Forças Armadas acusados de envolvimento no esquema. Diante das denúncias, um abaixo-assinado criado no site Charge.org exige a expulsão desonrosa dos militares, com medidas rigorosas contra os oficiais envolvidos. “Militares que juraram defender a Pátria, ao contrário disso, tramaram contra a Nação”, destaca o texto.

As investigações apontam que os militares de alta patente planejavam um golpe de Estado que incluía a eliminação líderes políticos e do chefe do Tribunal Superior Eleitoral antes que Lula chegasse ao poder para que ex-presidente Jair Bolsonaro se mantivesse no cargo mais alto do Executivo. Os autores do abaixo-assinado condenam a traição dos oficiais, afirmando que “os ‘mocinhos’ eram os bandidos”. Para os signatários, é imprescindível que o caso seja tratado como uma oportunidade de consolidar os princípios da Constituição, garantindo punições exemplares para os envolvidos.

O documento apresenta uma série de exigências, incluindo a abertura de processos disciplinares, suspensão de soldos e benefícios, além do recolhimento de insígnias e comendas dos militares. Os criadores do abaixo-assinado também pedem a extinção do Batalhão de Forças Especiais, apontado como centro da conspiração. “Tais medidas são essenciais para a consolidação do regime democrático e de forças armadas com ele compatíveis”, reforça o manifesto.

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters

Além dos militares indiciados, as investigações da Polícia Federal também atingem o ex-presidente Bolsonaro, que é suspeito de ter conhecimento ou participação no plano golpista. Segundo apurações anteriores, o político já havia sido citado em depoimentos relacionados ao incentivo de atos antidemocráticos. O envolvimento de altas figuras amplia a gravidade do caso e fortalece os pedidos por punições severas.

O abaixo-assinado também propõe que os militares envolvidos sejam responsabilizados financeiramente pelos danos ao erário, fruto das conspirações golpistas. “Devem ser integralmente responsabilizados pela Advocacia Geral da União”, diz o texto. Os danos incluem despesas com a investigação e ações para evitar a concretização do plano. Para os signatários, permitir a impunidade seria um atentado ao Estado Democrático de Direito.

O movimento #SemAnistia, já amplamente defendido por diversas organizações e políticos, encontra reforço neste abaixo-assinado, que exige uma resposta contundente do governo e das Forças Armadas. Para os criadores do texto, a expulsão desonrosa dos oficiais é essencial para garantir que as Forças Armadas cumpram seu papel constitucional de defesa da Nação, e não de ameaça à democracia.

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Last Update: 30/11/2024