O gabinete de Segurança de Israel confirmou a aceitação do acordo de cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano. A expectativa é que entre em vigor na quarta-feira 27 e vigore durante 60 dias, de acordo com a proposta apresentada pelos Estados Unidos.
O primeiro-ministro libanês solicitou a “implementação imediata” do cessar-fogo na terça-feira. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse anteriormente que as negociações sobre o cessar-fogo no Líbano estavam na “fase final”, acrescentando que esse cessar-fogo ajudaria a pôr fim ao conflito em Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que um dos motivos para aceitar o plano foi possibilitar o regresso de cidadãos israelenses do norte. Netanyahu garantiu ainda que o Hezbollah “já não é o mesmo”. “Fizemos-os recuar dezenas de anos”, afirmou.
Na proposta, Israel terá de retirar as suas forças de segurança das áreas que ocupou o sul do Líbano para combater as milícias xiitas libanesas do Hezbollah. Em troca, essas irão recuar para norte do Rio Litani, a cerca de 25 quilômetros da fronteira israelense.
Pelo menos 10 mortos em novos ataques israelenses
Os ataques atingiram o centro de Beirute na noite da terça-feira, logo após os pedidos israelenses de evacuação de quatro áreas da capital libanesa pela primeira vez, informou a agência oficial Ani.
Os pedidos de evacuação causaram pânico nos bairros lotados da cidade, com motoristas buzinando para fugir o mais rápido possível, de acordo com testemunhas.
Um primeiro ataque no início da tarde no distrito de Noueiri deixou sete pessoas mortas e 37 feridas, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano. O mesmo bairro popular foi alvo de dois ataques, e uma área próxima, Barbour, foi alvo de um ataque que deixou três pessoas mortas e dez feridas.
Ao mesmo tempo, os subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, foram alvo de bombardeios pesados após os apelos israelenses para evacuação, conforme imagens da AFPTV.
(Com informações da RFI)