Nota de repúdio ao atentado terrorista que martirizou o Líder do Movimento de Resistência Islâmica – Hamas, em Teerã, capital da República Islâmica do Irã.
Em nome de Deus, O Misericordioso e O Justo.
Que a paz e as bênçãos de Deus estejam com todos(as).
Glória permanente à memória de todas e todos, qualquer que seja a sua cultura, nacionalidade e credo religioso, que deram a vida em luta contra a opressão, conquistando com a sua própria vida a liberdade plena, a soberania e a autodeterminação do seu povo. O sangue dos mártires prosseguirá abastecendo a luta pela libertação palestina contra o mal manifesto, que tem no imperialismo ocidental seu braço mais ofensivo e cínico.
Fazemo-nos do ensejo para apresentar sinceras condolências à família do Líder do Movimento de Resistência Islâmica – Hamas, Ahmed Ismail Haniyeh, ao povo da Palestina, aos movimentos de resistência palestinos e às entidades de apoio à causa palestina, que não se calarão diante dos atentados patrocinados pela entidade sionista, aliada de potências ocidentais historicamente protagonistas de crimes contra a humanidade.
O vil ataque terrorista que tirou a vida do emblemático líder da Resistência Palestina, em Teerã, capital do Irã, configura mais uma violação do Estado sionista à soberania nacional da República Islâmica do Irã, contra o povo palestino, contra a humanidade e contra o processo civilizatório. A Guarda Revolucionária do Irã – GRI veiculou comunicado oficial informando que “estuda as dimensões do incidente envolvendo o martírio de Haniyeh e anunciará os resultados da investigação futuramente”.
Parece não bastar à entidade sionista a prática de crimes sem precedentes históricos em Gaza e na Cisjordânia. Claramente, o governo do criminoso de guerra e condenado por genocídio, Benjamin Netanyahu, busca inexplicavelmente uma escalada do conflito, enquanto nações se esmeram na busca de um acordo que cesse o genocídio imposto ao povo palestino em Gaza e nos territórios ocupados.
Está claro, para quem avalia com lucidez e verdade, que não basta ao governo sionista a destruição de hospitais, escolas, templos religiosos, centros humanitários e locais de refúgio de civis; que não basta assassinar deliberadamente dezenas de milhares de líderes religiosos, atletas, médicos, enfermeiros, jornalistas, mulheres, idosos e crianças. O objetivo desta entidade dotada de repugnante ultranacionalismo é arrastar o mundo para um conflito em larga escala.
Para tanto, “cuspindo” em vários artigos de legislações internacionais em vigor, insiste, como já citado, em novamente atacar a soberania da República Islâmica do Irã, nação que desde a sua criação jamais invadiu território alheio ou protagonizou crimes de guerra contra qualquer país. Este novo crime do governo de Tel Aviv assume uma configuração inquietante e hedionda, já que Ahmed Ismail Haniyeh estava em Teerã a convite do governo iraniano para a posse do presidente recentemente eleito, Masoud Pezeshkian, que se apresenta, lembremos, como um moderado disposto a dialogar com o ocidente.
Prosseguiremos apoiando a causa palestina e não nos calaremos diante do genocídio praticado pela entidade sionista, chamando a atenção do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma análise realista em torno da manutenção de relações, acordos e negócios com um Estado protagonista de tantas atrocidades contra a humanidade, além de repetitivos descumprimentos de leis e normas internacionais.
Rogamos a Deus, O Misericordioso, que a alma do mártir Ahmed Ismail Haniyeh seja contemplada com paz eterna, e que os seus méritos e esforços em prol da justiça e da liberdade do seu povo sejam reconhecidos. Deus, Louvado Seja, sabe sem algo mais.
Eduardo Santana
Coordenador do C-Islam – Centro Cultural Islâmico Imam Sadeq.