Venezuela: a visão de Reginaldo Lopes
Por um colaborador, em seu blog
O deputado federal Reginaldo Lopes foi ao X veja abaixo para expressar sua opinião sobre a Venezuela.
Sua opinião é semelhante à dos bolsonaristas e da tucanagem.
A única diferença pode ser a sutileza com que Reginaldo aborda Maduro: em vez de chamá-lo de “ditador”, ele diz que Maduro tem “a postura de um ditador”.
Publicada em outro momento, essa definição seria falsa e mentirosa. Dita hoje, é um presente para a extrema-direita venezuelana e mundial.
O dia 29 mal começara e já circulava o pedido do presidente argentino para que as forças armadas da Venezuela depusessem Maduro.
O dia 29 está terminando, com brasileiros e brasileiras com dificuldades para sair da Venezuela, devido a bloqueios violentos em ruas e estradas.
Considerando este contexto, a crítica de Reginaldo serve para legitimar este tipo de violência. Afinal, as gangues estariam reagindo a um ditador.
Não é toda a oposição que age assim. Mas uma parte da “oposição organizada” na Venezuela é de extrema-direita, usa da violência e defende a intervenção estrangeira no país.
Um governo “verdadeiramente democrático” aplica a lei contra este tipo de oposição. É isso que está ocorrendo na Venezuela.
Aqui no Brasil, Bolsonaro acusa a esquerda de ser “ditatorial” porque defendemos aplicar a lei para investigar e punir seus crimes. Na Venezuela, a situação é semelhante.
Criticar Maduro, assim como criticar Lula, é um direito democrático de toda e qualquer pessoa. Reginaldo Lopes tem todo o direito de fazer as críticas que achar adequadas. Mas pode e deve ser contraditado e até desmentido por quem acredita no contrário.
Última observação: gostemos ou não de Maduro, ele ganhou as eleições presidenciais de 2024.
Isso aconteceu porque uma parte importante do povo venezuelano não se dobrou à chantagem, às pressões, às violências. Reconhecer a vitória de Maduro é respeitar este povo de luta.
Que um petista não seja capaz de entender isto, mesmo após tudo que passamos, é assunto para outro momento.
