Uma pesquisa recente revela que 66% dos brasileiros concordam com as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à política de juros do Banco Central (BC), enquanto 23% discordam. Além disso, 53% dos entrevistados acreditam que as declarações de Lula não influenciaram a alta do dólar.
A reprovação a Lula é mais alta entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos, são brancos, homens, com ensino superior (mesmo incompleto), evangélicos e residentes da região Sul. Em relação à economia, 36% dos entrevistados acham que a situação piorou no último ano, 32% veem estabilidade e 28% notam uma melhora. A visão positiva da economia é maior entre os pobres, enquanto a negativa predomina entre os ricos.
Independentemente da classe social, a maioria dos brasileiros sente que seu poder de compra diminuiu em comparação ao ano anterior, especialmente no que diz respeito aos preços de combustíveis, alimentos e energia. No entanto, 52% dos entrevistados estão otimistas e esperam uma melhora econômica nos próximos 12 meses.
A pesquisa foi realizada entre 5 e 8 de julho, entrevistando 2 mil eleitores com 16 anos ou mais em 120 municípios, com um índice de confiança de 95%.
O presidente atual do BC, Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL), assumiu o cargo em fevereiro de 2019 e manifestou proximidade com o bolsonarismo.
Recentemente, participou de eventos em São Paulo que geraram críticas, especialmente devido à manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,5%, uma das mais altas do mundo, o que afeta negativamente investimentos, acesso ao crédito e crescimento econômico.
