O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou ao exército que dê andamento aos planos para uma “cidade humanitária” a ser construída nas ruínas de Rafah, na região sul de Gaza.
Segundo a CNN norte-americana, Katz destacou à imprensa israelense que a “zona humanitária” de Rafah vai abrigar cerca de 600 mil palestinos forçados a evacuar para a região de Al-Mawasi, ao longo da costa sul de Gaza.
Os palestinos que entrarem na zona passarão por uma triagem para verificar se não são membros do Hamas, e não poderão sair. O objetivo é que, eventualmente, toda a população de Gaza (mais de 2 milhões de pessoas) esteja nessa região.
Então, o ministro prometeu que Israel implementaria um plano para permitir a emigração dos palestinos de Gaza para outros países, uma iniciativa inicialmente lançada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e publicamente apoiada pelas autoridades israelenses – embora nenhum país expresse interesse em receber tais imigrantes.
De acordo com o político israelense, a região que vai abrigar os palestinos deslocados será administrada por órgãos internacionais, e as Forças de Defesa de Israel (IDF) fariam a proteção à distância, um mecanismo semelhante ao adotado para a distribuição de ajuda pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos EUA e por Israel.
Porém, nenhum órgão internacional se manifestou em apoio a esse plano. Vale lembrar que centenas de palestinos foram mortos ao se aproximar das unidades de distribuição de alimentos gerenciadas pela GHF.
