O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na última terça-feira (24) que será “muito firme” com o primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu, sobre a necessidade de encerrar a guerra contra Gaza. A afirmação ocorreu antes da visita de Netaniahu a Washington, agendada para 7 de julho.
Trump manifestou a expectativa de um acordo de cessar-fogo e libertação de prisioneiros “na próxima semana”, indicando uma pressão sobre o regime sionista em meio à crescente escalada de violência e às críticas pela prolongada agressão contra os palestinos. Ele afirmou que Netaniahu “também quer” o fim do conflito, buscando alinhar a posição “israelense” aos interesses imperialistas norte-americanos.
Esta reunião ocorre após uma agressão conjunta de 12 dias entre Estados Unidos e “Israel” contra o Irã. Apesar das declarações de Trump sobre ter “obliterado” a capacidade nuclear iraniana, o Irã emergiu vitorioso do confronto, inclusive com um ataque à base norte-americana no Catar em 23 de junho.
A postura de Trump visa agora um desfecho para a guerra em Gaza. No entanto, o governo dos Estados Unidos mantém seu apoio financeiro e militar a “Israel”, e veta resoluções de cessar-fogo nas Nações Unidas, revelando a dualidade da política imperialista que busca controlar a região e proteger seus agentes coloniais, enquanto tenta gerir as consequências de suas próprias ações.
Ron Dermer, alto funcionário “israelense”, realizou conversas preparatórias em Washington, com o governo dos Estados Unidos afirmando que tais visitas são regulares na busca de um “caminho para a paz para ‘Israel’ e Gaza”.
A visita de Netaniahu, a terceira com Trump desde janeiro de 2025, insere-se em um cenário de crescente pressão internacional e regional para o fim do genocídio palestino. O governo dos EUA tenta estabilizar a situação após a exposição da fragilidade de “Israel” e a escalada regional que ameaça os próprios interesses imperialistas, evidenciando as complexas manobras políticas em torno da dominação no Oriente Médio.