Neste sábado (28), às 9h, a Academia Paulista de Letras, no centro de São Paulo, será palco de um dos mais importantes atos anti-imperialistas do ano. Convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO) e outras dezenas de entidades, o evento é um chamado à mobilização de todos os que se colocam ao lado da humanidade contra o imperialismo: em defesa do Irã, da Palestina e contra o genocídio perpetrado pelos sionistas de “Israel” e seus aliados, em especial o imperialismo norte-americano.
A ofensiva genocida desencadeada pela entidade sionista contra o Irã — após quase dois anos de massacre ininterrupto na Faixa de Gaza — marca uma escalada brutal do imperialismo no Oriente Médio. Uma semana após o ataque inicial, o Irã respondeu com a histórica operação Promessa Cumprida 3, lançando uma poderosa investida contra alvos estratégicos da ditadura sionista. O resultado foi a maior humilhação militar de “Israel” em décadas, obrigando o regime a recuar e cessar os ataques, diante do risco de colapso total.
Diante desse cenário, o povo brasileiro deve se levantar em solidariedade ao Irã, apoiando de maneira firme e sem ambiguidades a resistência do país contra a agressão imperialista.
A mobilização de reúne o apoio de dezenas de organizações políticas, sindicais e populares de todo o País. Estão confirmadas presenças como:
- APEOESP (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo), representada pela professora Bebel, também deputada estadual;
- CUT Nacional e CTB;
- Sindicato dos Bancários de Brasília e Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba;
- Movimentos como o MNLM, os Comitês de Luta, o Coletivo Terra Vermelha e o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo;
- Entidades de solidariedade à Palestina, como o Instituto Brasil-Palestina (IbrasPal), dirigido por Ahmed Shehada;
Além de organizações como a Internacional Antifascista, a Universidade Popular, o Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba e o Comitê de Luta Palestina Livre de Ilhéus.
Também confirmaram presença figuras como o jornalista Breno Altman, o militante André Constantine (Movimento Carlos Marighella) e Thiago Ávila, ativista da Flotilha Internacional da Liberdade, sequestrado por “Israel” em águas internacionais.
O ataque do regime sionista ao Irã escancarou o objetivo real do imperialismo: esmagar a resistência dos povos e impor o domínio absoluto dos Estados Unidos sobre o Oriente Médio. O líder iraniano Ali Khamenei denunciou a tentativa de forçar a rendição do país — não em nome dos direitos humanos ou das armas nucleares, mas simplesmente por resistir à dominação imperialista.
O ato de também é um recado direto ao governo Lula. Manter relações diplomáticas com o Estado genocida de “Israel” é inadmissível! Romper com os sionistas é uma exigência imediata.
A atividade terá transmissão ao vivo pela Causa Operária TV, e caravanas estão sendo organizadas em diversos estados.
‘Israel’ sem saída
Em entrevista à TV 247 nessa sexta-feira (27), Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, explicou que, pela primeira vez desde sua criação artificial, em 1948, “Israel” foi alvo de uma ofensiva direta, coordenada e de grande escala por parte de uma potência regional — e falhou em impedir, conter ou responder de forma eficaz. A suposta superioridade militar que sustentava o regime sionista simplesmente ruiu.
Apesar da campanha de desinformação promovida pela imprensa internacional, os fatos falam por si: o Irã impôs uma derrota sem precedentes à entidade sionista. Mísseis cruzaram o espaço aéreo de “Israel” com precisão, atingindo alvos militares e centros estratégicos. O sistema de defesa, incapaz de conter a ofensiva, esteve à beira do colapso total. Foi uma demonstração inequívoca de que a supremacia militar sionista — base de sua função como bastião armado do imperialismo — chegou ao fim.
A existência de “Israel” sempre esteve atrelada à sua utilidade como instrumento do imperialismo no Oriente Médio. Essa posição lhe permitiu esmagar governos nacionalistas nas décadas de 1950 e 1960, bombardear vizinhos como o Líbano, o Iraque e a Síria, e manter os territórios palestinos sob ocupação brutal. Mas, quando essa vantagem militar é superada, a função política da entidade também se desfaz. Sem cumprir o papel de gendarme da região, “Israel” perde sua razão de existir.
Esse desequilíbrio de forças não é episódico. Ele expressa aquilo que historicamente determinou a queda dos regimes coloniais: o momento em que os povos oprimidos atingem um nível técnico e organizativo capaz de inviabilizar a dominação pela força. Foi assim na África, onde séculos de ocupação europeia ruíram diante do avanço das lutas de libertação. Quando a repressão direta se torna insustentável, a descolonização torna-se inevitável. O mesmo está ocorrendo no Oriente Médio. A resistência — liderada pelo Irã, e com a participação de forças como o Hamas, a Jiade Islâmica, o Hesbolá e o Ansar Alá — alcançou um patamar que rompe com a ordem imperialista imposta após a Segunda Guerra Mundial.
O colapso militar de “Israel” diante do ataque iraniano inaugura uma nova etapa na luta pela libertação da Palestina e pelo desmantelamento do enclave sionista. A crise do regime é irreversível. O que se inicia agora é sua agonia — que pode se arrastar por algum tempo, mas que já não tem retorno.
O papel do imperialismo norte-americano e europeu também é colocado em xeque. Se “Israel” não pode mais assegurar seus interesses na região, a manutenção da dominação sobre os povos do Oriente Médio se torna cada vez mais difícil. A crise da entidade sionista é, portanto, a expressão de uma crise mais profunda: a do próprio imperialismo em sua fase terminal.
Bandeirão no Viaduto do Chá
Na manhã dessa sexta-feira (27), ativistas dos Comitês de Luta penduraram um bandeirão da República Islâmica do Irã no Viaduto do Chá, localizado no centro da cidade de São Paulo. Um dos principais cartões postais da cidade, o Viaduto do Chá fica a poucos minutos da Academia Paulista de Letras, onde acontecerá o ato em defesa do Irã e em defesa do povo palestino.