Em 21 de setembro de 1969, um dos lugares mais sagrados para os muçulmanos, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, foi palco de um incêndio devastador. O ataque, perpetrado por um incendiário autodenominado cristão, causou danos imensos a uma estrutura histórica de valor incalculável, servindo como uma das mais claras demonstrações da agressão contínua do sionismo contra o povo palestino.

O responsável pelo ataque foi Denis Michael Rohan, um australiano que invadiu o complexo da mesquita e iniciou o fogo, motivado por uma interpretação delirante de textos religiosos. Rohan acreditava ser um agente divino, enviado para destruir a Mesquita e assim permitir a construção de um terceiro templo judaico no local, apressando o retorno de Jesus. As chamas consumiram o púlpito histórico de Saladino, um presente do líder muçulmano à mesquita no século XII, e vastas áreas do interior do templo.

A repercussão do incidente foi imediata e de grande fúria em todo o mundo árabe e islâmico. Governos e populações se levantaram em protesto, exigindo responsabilização pelo ataque a um local sagrado. O regime de “Israel” agiu rapidamente para conter a condenação internacional. Rohan foi detido e submetido a uma avaliação psiquiátrica que o declarou com problemas de sanidade mental, sendo posteriormente deportado.

A alegação do país artificial de que se tratava de um “lobo solitário” com distúrbios mentais foi amplamente contestada. Essa versão visava desviar a atenção da responsabilidade da ditadura sionista pela proteção de locais religiosos sob seu controle e da incitação contínua de extremistas que desejam destruir a mesquita.

As consequências do incêndio de AlAqsa foram profundas. Em resposta direta ao ataque, foi fundada a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), uma entidade que reúne países muçulmanos com o objetivo de fortalecer a solidariedade e defender os interesses da comunidade islâmica global, especialmente em relação a Jerusalém e à questão palestina. O evento também acentuou a percepção, entre os palestinos e o mundo árabe, de que os lugares sagrados estão sob constante ameaça pela presença do enclave imperialista.

Ao longo das décadas, o ataque de 1969 comprovou não ter sido um fato isolado, mas parte de um padrão de provocações e incursões da ditadura sionista contra a Mesquita de Al-Aqsa e seus fiéis. Forças de ocupação e colonos realizam frequentes investidas no complexo, considerado o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos, sem outra função além de humilhar os adeptos da fé islâmica.

Restrições ao acesso de árabes à mesquita, especialmente durante períodos de festas religiosas judaicas, tornaram-se comuns com o passar do tempo, contrastando com a liberdade que os colonos têm para entrar e provocar. Orações são impedidas, fiéis são agredidos e o complexo é violado repetidamente.

A política de “Israel” em relação a Al-Aqsa, que vai desde o descaso na proteção de locais sagrados até a permissão e o apoio a ações de colonos, demonstra um escárnio deliberado contra a fé e a dignidade do povo palestino.

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Last Update: 28/06/2025