O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Araguatins (TO) nesta sexta-feira 27 para anunciar medidas de regularização fundiária e apoio à agricultura familiar. Durante a cerimônia, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica com o Estado do Tocantins. Também foram criados sete novos projetos de assentamento, com os quais o governo espera beneficiar 896 famílias.
A regularização fundiária foi outro destaque da agenda. Foram formalizados 169 títulos para agricultores familiares e outros 17 destinados a assentados. Além disso, o governo confirmou detalhes do programa Imóvel da Gente, que prevê a regularização de 350 imóveis em São Bento, município vizinho.
Durante o discurso, Lula antecipou pontos do Plano Safra 2025, que classificou como “o terceiro maior da história”. Segundo o presidente, os recursos contemplarão tanto o agronegócio quanto os pequenos produtores.
Críticas a Bolsonaro
Lula não poupou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a programas da gestão anterior. Questionou iniciativas como Casa Verde e Amarela e Carteira de Trabalho Verde e Amarela, além de lançar dúvidas sobre os gastos do governo anterior em período pré-eleitoral.
O petista afirmou que Bolsonaro teria gasto “300 bilhões de reais para ver se ganhava” a eleição de 2022. Lula não se referia ao valor gasto em campanha, mas sim às medidas de renúncia fiscal e aumento de despesas do governo Bolsonaro nos dois anos finais do mandato, estimadas em cerca de 300 bilhões pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em declarações públicas.
“Cadê a Casa Verde e Amarela? A Carteira de Trabalho Verde e Amarela? O trabalhador não quer saber da cor, quer trabalho. Muitos trabalhadores não querem trabalhar com carteira assinada, querem trabalhar por conta própria. Querem ser empreendedores. O que o governo quer fazer? Apoiar. Quem quer carteira assinada, vai ter. Quem quer trabalhar por conta própria vai ter crédito”, afirmou.
Lula disse ainda que pretende garantir crédito ao setor produtivo independentemente da posição política dos beneficiados.
“Não vou perguntar para quem o fazendeiro votou. Não me interessa. Não quero saber se ele é um fazendeiro que faz Pix para ajudar o Bolsonaro na vagabundagem dele. O que quero saber é se ele está produzindo para o País. Se ele estiver ajudando o País, vai ter crédito. Nós devemos muito à agricultura brasileira.”
