Conhecido como “Gorila” nos bastidores militares, o general Erik Kurilla assumiu o controle das decisões estratégicas dos Estados Unidos diante do confronto entre Irã e Israel.
Comandante do CENTCOM (Comando Central dos EUA), Kurilla tem conduzido a movimentação militar no Oriente Médio, impondo sua linha dura e superando outros altos oficiais do Pentágono, como o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, e o assessor de política de defesa Elbridge Colby, que defendem mais cautela.
Enquanto o secretário de Defesa, Pete Hegseth, defende em público o fortalecimento do controle civil sobre os militares, na prática tem aprovado todas as demandas apresentadas por Kurilla.
Entre os pedidos atendidos estão o envio de um segundo porta-aviões à região, caças F-22 e F-35, e reforços nos sistemas de defesa aérea. Militares ouvidos pela imprensa afirmam que o general não teve nenhuma solicitação negada até agora.
Kurilla, que está prestes a concluir sua passagem pelo CENTCOM, tem agido com liberdade e pressa. Ele apresentou ao governo uma lista com diferentes opções de resposta ao Irã, o que confirma a influência direta que exerce sobre as decisões mais sensíveis da Casa Branca neste momento de crise.
Enquanto outras autoridades do Pentágono alertam para o risco de desviar o foco da Ásia, Kurilla convenceu o governo de Donald Trump a concentrar seus esforços no Oriente Médio.
O “Gorila”, como é chamado, não só define a estratégia, como a executa com rapidez, ignorando os freios internos e empurrando os Estados Unidos para uma possível escalada militar contra Teerã.
