Da Página do MST
Nesta segunda-feira (16), o MST inicia a Campanha Nacional “Registros da Terra: o MST e os biomas brasileiros” homenageando o fotógrafo Sebastião Salgado, que nos deixou este ano. Seu legado, marcado por fotografias que revelam as belezas, contradições e resistências do mundo, é também parte da história do Movimento.
Destacam-se a cobertura do fotógrafo no Massacre de Eldorado do Carajás e sua contribuição ao livro Terra, que juntamente com o escritor Português José Saramago e o cantor de compositor brasileiro Chico Buarque teve um papel importante na construção da Escola Nacional Florestan Fernandes.
Desde 2020, o MST tem aprofundado sua reflexão sobre a questão ambiental, especialmente por meio do Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, reconhecendo a centralidade do tema na luta de classes. Ao longo de 41 anos de luta, o Movimento construiu relações de cuidado com a natureza a partir da luta pela terra, da agroecologia e do conhecimento camponês.
Diante da crise ambiental provocada pelo capitalismo, o MST apresenta a Reforma Agrária Popular como alternativa, defendendo a produção agroecológica, a democratização da terra e a emancipação humana, em oposição ao agronegócio. A superação da crise ambiental também exige uma disputa de valores e símbolos hoje impostos pela hegemonia burguesa.
A Campanha “Registros da Terra” tem a previsão de uma exposição de 120 fotografias, que será lançada durante o Encontro Nacional do MST, em janeiro de 2026. A mostra percorrerá capitais brasileiras onde o Movimento está organizado e terá ainda uma versão online no site do Movimento em: www.mst.org.br.
