Em seu editorial de domingo (7), o jornal israelense Haaretz revelou que um acordo sério de troca de prisioneiros está atualmente sobre a mesa em “Israel”. O jornal destacou que esta não é a primeira nem a segunda vez que o acordo parece próximo, mas repetidamente, por uma razão ou outra, o acordo não dá frutos.
Segundo o Al Mayadeen, o site afirmou que o acordo deve envolver “o retorno de alguns” dos prisioneiros, juntamente com um plano acordado para discussões futuras sobre a libertação dos prisioneiros restantes, além de ter como objetivo evitar a eclosão de uma guerra em grande escala na região.
No entanto, o Haaretz acrescenta, “ainda parece que desta vez as chances de um acordo são maiores do que nunca”. Ele ressalta que em uma reunião realizada pelo Ministro da Segurança israelense Yoav Gallant com as famílias dos prisioneiros, após o recebimento da resposta do Hamas à oferta dos mediadores nas negociações, o Ministro da Defesa disse: “Estamos mais perto de um acordo do que nunca”.
Além disso, de acordo com a reportagem do Haaretz, Gallant “não é o único que sente a seriedade da possibilidade de um acordo; todos os chefes das organizações envolvidas nas negociações, incluindo o exército israelense, o Mossad, o Shin Bet e o Centro de Prisioneiros de Guerra e Pessoas Desaparecidas, liderado pelo Major General Nitzan Alon, também acreditam que desta vez é possível preencher as lacunas entre as posições das partes nas negociações”.
O jornal também aconselha o público israelense que “para superar Netanyahu e a extrema direita, o público deve deixar claro seu desejo por um acordo”. Gallant acrescentou ainda: “Não permitiremos que ministros do governo sabotem um acordo novamente”.
Nesse momento, uma parte do acordo que está em discussão seria que o Hamas está exigindo um compromisso escrito do Estado fictício de “israel”. Esse documento seria uma espécie de garantia de que os israelenses irão levar até o final a proposta de cessar-fogo.
O Hamas também exigiu que os mediadores não apenas “fizessem todos os esforços”, mas “garantissem” que as negociações terminassem em um acordo. A resistência armada palestina insistiu em diversas ocasiões que quer que as garantias dos mediadores sejam incluídas no acordo, em uma linguagem clara que assegure o comprometimento da outra parte com as cláusulas do acordo.