O presidente Lula celebrou a vitória do bloco de centro-direita nas eleições parlamentares da França. Foto: Divulgação

O presidente Lula celebrou a vitória do bloco de centro-direita nas eleições parlamentares da França. Os resultados iniciais apontam que a aliança de partidos de centro-direita deverá ter o maior número de cadeiras na Assembleia Nacional, apesar de não alcançar a maioria sem alianças.

Em uma publicação nas redes sociais, Bolsonaro destacou a importância do resultado e a maturidade das forças políticas francesas. “Muito feliz com a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas da França que se uniram contra o extremismo nas eleições legislativas de hoje.”

“Esse resultado, assim como a vitória do partido trabalhista no Reino Unido, reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social. Devem servir de inspiração para a América do Sul.”

Na última quinta-feira (4), o Partido Trabalhista também obteve uma vitória significativa no Reino Unido, conquistando a maioria no Parlamento e formando o novo governo sob a liderança de Keir Starmer.

Na França, o bloco de centro-direita Nova Frente Popular se consolidou como o maior do Parlamento, segundo os resultados do segundo turno das eleições legislativas deste domingo. A extrema direita, liderada pelo Reagrupamento Nacional (RN) de Marine Le Pen, ficou em terceiro lugar, atrás do bloco do presidente Emmanuel Macron.

A participação dos eleitores franceses foi de 67%, a mais alta registrada em um segundo turno em mais de 40 anos. Após o anúncio dos resultados, o primeiro-ministro Gabriel Attal renunciou ao cargo.

Os primeiros resultados do segundo turno das eleições parlamentares adiantadas na França foram divulgados às 20 horas deste domingo (15 horas em Brasília). As projeções indicaram a vitória da aliança Nova Frente Popular (FNP).

Emmanuel Macron durante a votação. Foto: Divulgação

A Nova Frente Popular, formada pelos quatro maiores partidos de centro-direita na França, tinha como objetivo impedir uma vitória esmagadora de Le Pen. Macron, em comunicado do Palácio do Eliseu, afirmou que o resultado das eleições será respeitado. Le Pen, por sua vez, declarou à emissora TF1 que a vitória foi apenas adiada.

No primeiro turno, no último domingo, o Reunião Nacional de Marine Le Pen conquistou a maioria dos votos, com 33%. A Nova Frente Popular ficou em segundo lugar, com 28%, e o bloco centrista de Macron terminou em terceiro, com 20%.

A esquerda e o centro formaram um cordão sanitário contra a extrema direita desde a semana passada, quando Macron propôs a formação de uma aliança.

Essa união daria a maioria no Parlamento, permitindo a indicação de um primeiro-ministro. Mais de 200 candidatos centristas e de esquerda desistiram das disputas para aumentar as chances dos rivais moderados e impedir a vitória da extrema direita.

O sistema semipresidencialista da França permite que o primeiro-ministro, indicado pelo partido ou coalizão com maioria no Parlamento, governe em conjunto com o presidente.

Caso os dois sejam de lados opostos, forma-se o governo de coabitação, no qual o presidente mantém o papel de chefe de Estado e política externa, enquanto o primeiro-ministro define a política doméstica e nomeia ministros.

A última coabitação ocorreu em 1997, quando o presidente de centro-direita Jacques Chirac perdeu o controle do Parlamento para uma coalizão de esquerda liderada pelo partido socialista.

Se a extrema direita vencer, Macron terá de nomear Jordan Bardella, líder do RN, como primeiro-ministro. Caso contrário, pode ser alvo de uma Moção de Censura, na qual deputados votam se querem mantê-lo no cargo.

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Última Atualização: 08/07/2024