Lula, presidente do Brasil, em coletiva na última terça-feira (3). Foto: reprodução

A desaprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 57% do eleitorado, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). Trata-se do maior patamar registrado desde o início do atual mandato. No levantamento anterior, divulgado em abril, o índice era de 56%, o que indica estabilidade dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

A taxa de aprovação também se manteve praticamente inalterada, oscilando de 41% para 40%, mesmo nível observado em janeiro de 2023. Outros 3% dos entrevistados não souberam ou preferiram não opinar — percentual idêntico ao da pesquisa anterior. A margem de confiança é de 95%.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 29 de maio e 1º de junho.

Análise por regiões

O Nordeste continua sendo a única região onde Lula é mais aprovado do que reprovado. Na pesquisa passada, a margem de erro de quatro pontos permitia uma oscilação que favorecia levemente a desaprovação. Agora, os números mostram uma recuperação: 54% aprovam o presidente, contra 44% que desaprovam.

No Sudeste, os números são os mais desfavoráveis: 64% reprovam a gestão (ante 60% em abril) e apenas 32% aprovam (eram 37%). A margem de erro regional é de 3 pontos. No Sul, os dados são semelhantes: desaprovação caiu de 64% para 62%, enquanto a aprovação subiu de 34% para 37%, com margem de erro de 6 pontos.

No Centro-Oeste e no Norte, que foram agrupados na pesquisa, os índices pouco variaram: a desaprovação passou de 52% para 55%, e a aprovação de 44% para 42%. A margem de erro nessa faixa é de 8 pontos.

No Nordeste o presidente Lula mantém sua aprovação mais alta que a reprovação. Foto: Ricardo Stuckert

Gênero e cor

Entre as mulheres, 54% reprovam o governo (eram 53%) e 42% aprovam (eram 43%). Já entre os homens, os números se mantiveram estáveis: 59% de desaprovação e 39% de aprovação. A margem de erro para ambos os grupos é de 3 pontos percentuais.

A reprovação entre pessoas pardas subiu de 52% para 56%, enquanto a aprovação recuou de 45% para 40%. No grupo de brancos, a rejeição se manteve alta: 62% (um ponto a mais do que em abril), e a aprovação oscilou de 36% para 37%. A margem de erro é de 3 pontos.

Entre os pretos, a situação se inverteu: 52% aprovam o governo, contra 46% que desaprovam — uma melhora em relação a abril, quando a maioria reprovava. A margem de erro nesse grupo é de 6 pontos.

Escolaridade

Pela primeira vez desde o início da atual gestão, houve empate técnico entre os eleitores com até o ensino fundamental: 50% aprovam e 47% desaprovam, considerando a margem de erro de 4 pontos.

Entre aqueles com ensino médio completo, a reprovação segue alta (61%), e a aprovação caiu para 37%. Já entre os que possuem ensino superior, o governo é amplamente rejeitado: 64% desaprovam e 33% aprovam. As margens de erro variam entre 3 e 5 pontos, conforme o grau de escolaridade.

Faixa de renda

No grupo de eleitores com renda mensal de até dois salários mínimos, houve empate técnico: 50% reprovam e 49% aprovam. É a primeira vez que as avaliações se aproximam tanto nesse segmento.

Entre quem ganha de dois a cinco salários, a desaprovação caiu de 61% para 56%, e a aprovação aumentou de 36% para 43%. Já entre os que recebem acima de cinco salários, 61% desaprovam (ante 64% em abril) e 38% aprovam (eram 34%). A margem de erro para esses recortes é de 4 pontos.

Religião

Entre católicos, pela primeira vez, a desaprovação supera a aprovação: 53% contra 45%. Em abril, havia empate técnico, e antes disso a aprovação era maior. A margem de erro é de 3 pontos.

No grupo evangélico, a rejeição continua elevada: 66% desaprovam o governo (eram 67%), enquanto 30% aprovam (ante 29%). A margem de erro é de 4 pontos.

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Last Update: 04/06/2025