A pesquisa Quaest/Genial Investimentos divulgada nesta quarta-feira 4, que em seu recorte principal mostra o maior percentual de desaprovação desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), traz, também, alguns números que podem servir de alento para o petista.

De maneira geral, a avaliação sobre o cenário econômico é um pouco melhor que no levantamento anterior, feito em março. Os avanços são tímidos, mas indicam uma guinada positiva.

Quando perguntados sobre a economia do Brasil nos últimos 12 meses, 48% dizem que piorou, contra 18% que dizem que melhorou (para 30%, ficou do mesmo jeito). O balanço, como se vê, ainda é negativo, mas houve mudanças significativas – para melhor, sob a ótica do governo – na comparação com a pesquisa de março.

“Nos últimos 12 meses, a economia do Brasil…”

  • Piorou – 48% (eram 56% em março);
  • Ficou do mesmo jeito – 30% (eram 26%);
  • Melhorou – 18% (eram 16%);
  • Não sabem/não responderam – 4% (eram 2%).

Houve mudança também nos índices que medem a percepção da inflação. Embora 79% dos participantes da pesquisa ainda apontem que houve alta no preço dos alimentos no último mês, esse índice é 11 pontos menor do que o registrado em março, quando era de 88%.

“O preço dos alimentos nos mercados ____ no último mês?”

  • Subiu: 79% (eram 88% em março);
  • Ficou igual: 12% (eram 6%);
  • Caiu: 7% (eram 6%);
  • Não sabem/não responderam: 2% (eram 0%).

Houve queda ainda mais acentuada na percepção sobre os preços dos combustíveis. Enquanto 70% diziam, em março, que o preço da gasolina tinha subido, em maio esse índice caiu significativamente e foi para 54%.

“O preço dos combustíveis nos postos de gasolina ____ no último mês?”

  • Subiu: 54% (eram 70% em março);
  • Ficou igual: 21% (eram 16%);
  • Caiu: 7% (eram 4%);
  • Não sabem/não responderam: 18% (eram 10%).

Os números menos azedos na avaliação sobre o cenário econômico, porém, não se refletiram na avaliação do trabalho do governo. Para o o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, “um fator relevante é o desequilíbrio informacional: o volume de notícias negativas sobre o governo foi mais que o dobro do de notícias positivas no período”.

Em maio, 50% das pessoas disseram ter ouvido mais notícias negativas que positivas sobre o governo, apontou a pesquisa. Para 19%, as notícias positivas são mais comuns. Enquanto isso, 28% dizem que não têm visto notícias.

A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 29 de maio e 1º de junho, em entrevistas presenciais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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Last Update: 04/06/2025