Nessa segunda-feira (10), o presidente usurpador ucraniano Vladimir Zelensqui, junto a uma comissão, chegou a Riade, na Arábia Saudita, para uma reunião coordenada pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman, que deve ocorre nesta terça-feira (11). Também participará da reunião uma equipe norte-americana, comandada pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio.
Segundo o bilionário que atua Enviado Especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, a reunião deve “estabelecer as bases de um acordo de paz e um cessar-fogo inicial”.
Nas primeiras conversas sobre o cessar-fogo, ocorridas entre o presidente o presidente russo Vladimir Putin e o seu homólogo norte-americano Donald Trump, a Ucrânia não foi convidada. Desta vez, no entanto, haverá uma representação ucraniana, formada pelo conselheiro presidencial Andriy Yermak, o chefe da diplomacia, o ministro da Defesa e o vice-diretor do gabinete presidencial, com vários oficiais do exército.
As principais manifestações desfavoráveis ao acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia partiram da Europa. Para tanto, convocada pelo premiê do Reino Unido, Keir Starmer, uma reunião dos líderes dos países dispostos a fornecer garantias de segurança à Ucrânia no dia 2 de março, havendo outra marcada para o dia 15.
Segundo o professor do departamento de estudos de guerra da King’s College, em Londres, Michael Clarke: “da forma como o acordo está colocado, a Ucrânia perde quase um quinto de seu território e o mundo ocidental perde quase 100% da credibilidade política”. Clarke complementa: “Nesse contexto, a construção da aliança que dominou a política global por tanto tempo simplesmente deixa de existir”.
Essa tensão é exposta na iniciativa da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de propor um pacote com empréstimos de 800 bilhões de euros e de estabelecer um fundo de 150 bilhões de euros para financiar as forças armadas europeias.
Nas palavras de Leyen, “a Europa enfrenta um perigo claro e presente em uma escala que nenhum de nós experimentou em nossa vida adulta”. “O futuro de uma Ucrânia livre e soberana e de uma Europa segura e próspera estão em jogo”.
Com o avanço das tropas russos e significativos ganhos militares, a pressão sobre a Ucrânia evoluiu. Em uma tentativa de renovar o seu fôlego, o imperialismo europeu, representado pela França e pelo Reino Unido, propuseram uma trégua parcial de um mês, sob pretexto de viabilizar as negociações para término da guerra.
Ocorre que os termos da trégua permitiriam a continuidade da ajuda militar, permitindo alguma recuperação das forças ucranianas e ainda estabelecimento de uma força europeia. Uma proposta cínica ao ponto que vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, ironizou: “20.000 soldados de algum país aleatório”. Obviamente a proposta absurda foi rejeitada pela Rússia.
A política de Trump é fiel aos seus interesses econômicos, mantendo sua orientação pelo fim da guerra, contradição com o restante do imperialismo e Zelensqui. Essa política transparece indubitavelmente com os conflitos públicos de Trump em relação a Zelensqui e a retirada de apoio militar.
Essa posição de Trump de retirada do apoio militar foi descrita pelo seu enviado general Keith Kellogg como “o equivalente a acertar uma mula no rosto com uma tábua de madeira… Você chama a atenção deles e isso é muito significativo… e então cabe a eles fazerem o que o presidente quer”.
O “Ditador” da Ucrânia, como denunciado até por Trump, esta numa peregrinação em buscar de apoio para manutenção da beligerância. Zelensqui se agara a qualquer possibilidade de articulação que lhe ajude a manter o conflito.
Sem mandato, extremamente desgastado politicamente, mantendo-se no poder via instrumento marcial, o termino do conflito significa o fim do regime atual na Ucrânia.