A guerra ideológica, ou guerra de propaganda sobre quem realmente derrotou os nazistas na Segunda Guerra Mundial está mais viva do que nunca. O governo golpista e fascista da Ucrânia, presidida atualmente por Zelenski, desde o golpe de 2014 vêm tentando apagar a História e esmagar aqueles que reconhecem a vitória soviética sobre o nazismo como o elemento fundamental da disputa.
Desde o final da II Grande Guerra até 12 anos atrás, o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista era um feriado nacional na Ucrânia, celebrado em 9 de maio. Havia comícios em massa em todas as cidades do país, os soldados das Forças Armadas Ucranianas carregavam bandeiras vermelhas simbolizando a vitória, juntamente com bandeiras nacionais ucranianas.
Desde 2014, porém, essa comemoração se tornou um ato cada vez mais clandestino e perigoso de realizar: a polícia nacional da Ucrânia (SBU) atua em cemitérios de guerra, equipada com câmeras de vídeo, gravando e assediando os presentes. Gangues neonazistas atuam em conjunto com a polícia, ameaçando ou agredindo as pessoas que estejam comemorando o Dia da Vitória contra o nazismo.
É fato que milhões de soldados e civis ucranianos morreram nas mãos dos invasores nazistas. Entretanto, um número muito menor de ucranianos optou pela colaboração com os invasores e lutou ao lado da coalizão de Hitler e seus colaboradores.
Entre 1941 e 1944, trabalhadores e agricultores na Ucrânia eram rotineiramente capturados em massa pelos nazistas e colaboradores locais em aldeias e assentamentos, e enviados como gado para trabalhar na Alemanha. Lá, eram chamados de Ostarbeiters (‘trabalhadores do leste’). Na época, o imperialismo alemão enfrentava uma grave escassez de trabalhadores.
A tentativa de apagar a história, feita pelos neonazistas ucranianos no poder, começou pelo ataque aos monumentos e memoriais relativos à Revolução de Outubro de 1917, aos seus líderes e heróis, como Vladimir Ilitch Lenin. A seguir foram atacados e desmontados monumentos a antifascistas, soldados do Exército Vermelho e vítimas do terror nazista.
O mesmo padrão ocorreu em outras ex-repúblicas soviéticas, como a Polônia, por exemplo. A sordidez dos nazistas atuais alcançou o ponto de promover a exumação dos corpos daqueles que morreram na luta contra o nazismo, enterrando os despojos em locais menos proeminentes.
O resultado dessa política repressiva e intimidatória do governo nazista da Ucrânia pós-2014 é que apenas os mais destemidos comemoram o 9 de maio em locais remotos ou no campo, onde pequenos grupos de idosos, adultos e crianças visitam as valas comuns dos soldados da Ucrânia Soviética, mortos pelos nazistas entre 1941 e 1945. Difícil imaginar, mesmo depois do fim da União Soviética, em 1991, uma reversão tão radical na política do Estado ucraniano sobre os anos da ocupação nazista, onde milhões de cidadãos ucranianos são acusados de serem “invasores bolcheviques” em seu próprio país.
Zelenski, cujo mandato legal de presidente da Ucrânia terminou há mais de treze meses, ameaçou as comemorações do Dia da Vitória, a Rússia e a todos os chefes de Estado que iriam comparecer, como um gângster mafioso, apoiado e mantido pelo imperialismo. O Ministério da Defesa da Rússia informou que 524 drones foram abatidos em 6 de maio, sem ter causado maiores danos.
Isso, no entanto, interrompeu dezenas de voos com destino a Moscou, transportando convidados e espectadores para o desfile e outros eventos na cidade em 9 de maio. A provocação dos militares ucranianos chegou ao ponto de escreverem nos seus drones kamikazes a mensagem “Feliz 9 de maio, Vladimir”.
O pequeno ditador fantoche do imperialismo, Zelenski, rejeitou a proposta unilateral da Rússia de um cessar fogo durante os dias de comemoração do Dia da Vitória, 7, 8 e 9 de maio. Houve também no dia da Vitória, 9 de maio de 2025, um escandaloso encontro em Lviv, no oeste da Ucrânia.
Autoridades ucranianas junto ao Conselho da Europa e dezenas de ministros das Relações Exteriores da União Europeia, assinaram um acordo para a criação de um tribunal especial para investigar a “agressão da Rússia contra a Ucrânia”.
Apesar das ameaças e da tensão o desfile militar na Praça Vermelha e toda a comemoração do Dia da Vitória foram um sucesso emocionante: representantes de China, Sérvia, Egito, Turcomenistão, Brasil, Uzbequistão, Venezuela, Cuba, Mongólia, Burkina Faso, Congo, Etiópia, Palestina e Vietnã prestaram homenagem aos heróis da luta contra o nazismo. No grande desfile na Praça Vermelha também marcharam, além dos russos, representantes de 13 países: Azerbaijão, Vietnã, Bielorrússia, Egito, Cazaquistão, China, Quirguistão, Laos, Mongólia, Mianmar, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.