“Eu sou apaixonado pela educação”, afirmou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), em entrevista ao Café PT na manhã desta segunda-feira (5). Vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara, o parlamentar reforçou que o tema é prioridade histórica dos governos do PT. “O presidente Lula não tem feito diferente. Depois de 6, 7 anos de retrocessos, ele colocou de novo a educação como a grande prioridade.”
Zeca Dirceu ressaltou que o orçamento do Ministério da Educação (MEC) está crescendo ano a ano e que há um aumento nos repasses para estados, municípios, universidades e institutos federais. “A gente já percebe toda uma mudança positiva acontecendo”, disse.
Ao comentar sua atuação como vice-presidente da Comissão, o deputado destacou o papel estratégico do colegiado. “Qualquer tipo de mudança em qualquer tipo de lei federal obrigatoriamente tem que passar pela Comissão de Educação”.
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Ele também explicou que, além das reuniões semanais, o cargo envolve participação ativa em eventos, seminários e subcomissões temáticas. “Espero me somar ao presidente e aos membros da comissão para escolher pautas realmente importantes.”
Pauta educacional
Zeca Dirceu está na Comissão de Educação desde 2011. Ele lembrou a aprovação de políticas estruturantes como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o atual Plano Nacional de Educação (PNE), que está prestes a ser renovado. “Todas essas leis passaram pela comissão. O PNE é o tema mais importante do ano.”
Segundo ele, o novo plano definirá metas para os próximos 10 anos, incluindo a universalização do acesso à creche e o uso de novas tecnologias, como inteligência artificial. “Precisamos pensar os próximos 10 anos. O desafio é garantir metas que possam ser mensuradas.”
Combate às pautas da extrema direita
O deputado também criticou propostas da extrema direita que tramitam no Congresso Nacional e que, segundo ele, representam retrocessos. “Tem leis que buscam censura, preconceito e privatização da educação. Vamos combater esse mal.”
Ele reforçou que sua atuação será de resistência contra qualquer tentativa de transformar a educação em negócio. “Vamos combater propostas que desvalorizam o professor e tentam impor um viés ideológico reacionário nas escolas.”
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Mais de R$ 1 bilhão para a educação no Paraná
Dirceu destacou que já destinou mais de R$ 1 bilhão em recursos para a educação no Paraná, com ações como construção de creches, escolas em tempo integral, quadras esportivas e compra de ônibus escolares. “Temos quatro universidades federais e um Instituto Federal no estado. Os investimentos são constantes. Quem procurar nas redes sociais vai encontrar um conjunto de obras, inaugurações e eventos marcantes na minha trajetória.”
O parlamentar foi reconhecido com nota máxima no ranking de transparência digital do Congresso em Foco. “É uma marca do PT e da minha trajetória. Desde os tempos de prefeito, adoto o orçamento participativo.”
Ele defende que o partido avance na digitalização da participação dos filiados e filiadas. “Com tanta tecnologia, não dá para não consultar nossa base. Precisamos levar isso ao extremo.”
O deputado também comentou o projeto do governo Lula que propõe isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. “Vai beneficiar a economia local e fortalecer o crescimento do PIB e a geração de emprego. Quem ganha mais, vai pagar um pouco mais. Menos de 1% da população, os super-ricos, vão pagar mais. Quem já paga, não pagará nada a mais.”
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“Sem anistia para golpistas”
Ao ser questionado sobre o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, Zeca afirmou que lugar de Bolsonaro é na cadeia. “O lugar do Bolsonaro é na cadeia. Sem anistia para golpista, sem anistia para quem tramava o assassinato do presidente.”
Ele desmentiu que a proposta trate dos presos do 8 de janeiro. “É para salvar a pele do Bolsonaro. A população não apoia isso. A pauta é outra: emprego, educação, saúde e segurança pública.”
Da Redação