Cristiano Zanin, presidente da primeira turma do STF. Foto: Carlos Moura/STF

A pedido do ministro Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, presidente da 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou mais duas sessões do colegiado para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados no caso de tentativa de golpe de Estado. O pedido do relator ocorreu nesta sexta-feira (5) e foi prontamente atendido por Zanin.

“SOLICITO ao Excelentíssimo Presidente da PRIMEIRA TURMA, Ministro CRISTIANO ZANIN, o agendamento de novas sessões complementares para a realização do julgamento, a serem realizadas na quinta-feira, dia 11/9/2025”, escreveu Moraes no documento. Com a nova agenda, haverá sessões na terça, quarta, quinta e sexta-feira destinadas ao caso.

Inicialmente, estavam previstas sessões apenas para terça (9), manhã e tarde; quarta (10), pela manhã; e sexta (12), nos dois turnos. Com o pedido, Moraes busca ampliar o tempo disponível para a análise do caso, considerado um dos mais relevantes da série de ações envolvendo o 8 de janeiro e a trama golpista.

O acréscimo de sessões indica que o relator avalia ser necessário mais tempo para leitura de votos e debates entre os ministros. Nesta semana, a Primeira Turma já havia realizado duas sessões de julgamento, nos dias 2 e 3 de setembro, com as falas iniciais das defesas dos acusados. O caso envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus.

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Luiz Silveira/STF

A partir da próxima terça, o colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os demais acusados a mais de 30 anos de prisão. O julgamento teve início nesta semana, quando foi lido o relatório e realizadas as sustentações orais, tanto da acusação quanto das defesas.

Paralelamente, Moraes também abriu prazo para a apresentação de alegações finais referentes ao núcleo 2 da suposta trama golpista. A decisão coloca praticamente todos os grupos sob investigação na fase final do processo, com exceção do núcleo ligado diretamente ao ex-presidente, que já está em julgamento.

Com a determinação, a Procuradoria-Geral da República terá 15 dias para entregar suas alegações, podendo pedir condenação ou absolvição dos acusados. Em seguida, as defesas terão outros 15 dias para apresentar suas manifestações em resposta ao parecer do procurador-geral, Paulo Gonet.

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Last Update: 05/09/2025