Zambelli será presa e abandonada por Bolsonaro, dizem aliados

Carla Zambelli e Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto em 2022. Foto: reprodução

Membros do Partido Liberal (PL) consideram inevitável a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e avaliam que sua situação política se agravou significativamente nos últimos dias. A parlamentar responde por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal após perseguir o jornalista Luan Araújo com uma arma em São Paulo, em outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que ele não deve se envolver na defesa de Zambelli. Segundo essas fontes, Bolsonaro ainda a responsabiliza pela derrota no segundo turno das eleições de 2022.

Além disso, a deputada está envolvida na investigação sobre o ataque hacker ao CNJ junto com Walter Delgatti Neto.

Fontes do partido revelam que a legenda já estuda medidas políticas diante do cenário, mas reconhecem que o caso do hacker complica qualquer estratégia de defesa.

“O partido está em alerta. O caso do CNJ é especialmente delicado e pode acelerar uma decisão sobre o futuro político dela”, afirmou uma liderança partidária sob condição de anonimato ao blog de Andréia Sadi, da GloboNews.

Walter Delgatti, o “Hacker de Araraquara”, foi contratado por Zambelli para tentar fraudar as urnas, diz investigação. Foto: reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) já registra cinco votos pela condenação de Zambelli a cinco anos e três meses de prisão. O ministro Cristiano Zanin foi o último a se manifestar, seguindo o relator Gilmar Mendes, que também defendeu a perda do mandato da deputada. O placar atual é 5 a 0 pela condenação, faltando apenas mais um voto para formar maioria.

No entanto, o julgamento foi interrompido nesta segunda-feira (24) após o ministro Kassio Nunes Marques pedir vistas do processo, adiando-o temporariamente. A defesa de Zambelli vê no pedido uma possibilidade de reverter o cenário.

“A defesa da Deputada Carla Zambelli vê com esperança o pedido de vistas do Ministro Kassio Nunes, esperando que tanto S. Exa., como os demais Ministros que irão votar possam examinar minuciosamente o processo e constatar, como exposto nos memoriais encaminhados, que não pode prevalecer o voto condenatório proferido pelo Eminente Ministro Relator”, afirmaram os advogados em nota.

O STF ainda não tem data para retomar o julgamento.

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