Antes de viajar aos Estados Unidos, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pediu oficialmente uma licença médica à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Dessa forma, ela pôde participar das votações do plenário de forma virtual.
A bolsonarista, porém, não comunicou previamente ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que o “tratamento médico” aconteceria fora do País. A omissão contraria o artigo 228 do Regimento Interno, a determinar que qualquer congressista deve informar com antecedência a presidência sobre deslocamentos internacionais, especificando a natureza da viagem e a duração estimada.
Motta ainda não foi formalmente notificado sobre a saída de Zambelli do Brasil e, por isso, aguarda esclarecimentos antes de tomar qualquer medida.
Durante a fuga, a deputada cotninuou a registrar votos remotamente nas sessões deliberativas, o que só foi possível porque a licença médica a desobrigava do registro biométrico presencial – exigência aplicada especialmente às quartas-feiras, quando os deputados precisam comprovar presença até as 20h para evitar descontos salariais.
Zambelli anunciou ter deixado o Brasil na última terça-feira 3, quando já estava nos Estados Unidos. Ela está com um pedido de prisão preventiva em aberto e foi incluída, nesta quinta-feira 5, na difusão vermelha da Interpol.