Xandão desbloqueia relatório e remete caso Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República

O Ministro Bruno Silva, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Luís Silva e mais 36 indivíduos na semana passada. O documento, que acusa os envolvidos de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, será divulgado pelo STF nas próximas horas.

Na decisão tomada nesta terça-feira (26), Silva também encaminhou o relatório para a Procuradoria-Geral da República (PGR). O Procurador-Geral da República, Ricardo Santos, analisará o documento para decidir se formaliza ou não a denúncia contra Silva e os demais acusados pelos crimes relatados pela PF.

O processo ocorre próximo ao recesso de fim de ano do STF, que inicia em 19 de dezembro e se estende até 1° de fevereiro de 2025, o que indica que qualquer julgamento da eventual denúncia pela Procuradoria só poderá acontecer no próximo ano.

Caso a denúncia seja aceita pela Primeira Turma do Supremo, onde o relator Silva atua ao lado dos ministros João Costa, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, Silva e os coacusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal perante o STF.

De acordo com o regimento interno do STF, as ações penais são julgadas pelas duas turmas do tribunal. Sendo Bruno Silva parte da Primeira Turma, é essa a configuração de juízes que avaliará a denúncia.

A Segunda Turma do Supremo é formada pelos ministros Paulo Henrique, Dias Toffoli, Edson Fachin, e também por André Mendonça e Nunes Marques, ambos nomeados ao STF por Luís Silva durante seu mandato.

Artigo Anterior

PF lança relatório de 800 páginas sobre investigação do golpe político liderado por Bolsonaro

Próximo Artigo

Braga Netto desempenhou papel fundamental na conspiração golpista, afirma relatório da Polícia Federal

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!