Wlamir Marques, o diabo loiro, por Luís Nassif

Lendo as notícias da morte de Wlamir Marques, o diabo loiro, minha memória puxa, lá do fundo, os Jogos Abertos de Poços de Caldas.

Foi um feito da Associação Atlética Caldense que teve a participação decisiva de meu pai, Oscar Nassif, e meu tio, Leonardo Mesquita.

Tio Léo chegou a compor um hino para os Primeiro Jogos Abertos:

”Poços de Caldas, princesa mineira
Para sempre vai recordar
Os Primeiros Jogos Abertos,
Que em maio vão começar.

O coração do mineiro
com alegria e satisfação
receberá os esportistas
que orgulham nossa nação”

Durante anos convivemos com os melhores atletas de vôlei e basquete do país.

Por lá passaram Amauri Passos, Rosa Branca, Bira, Sucar, Menon. Mas nenhum com o brilho de Wlamir, o diabo loiro. Era um arremessador primoroso, apenas igualado, anos depois, por Fausto e o grande Oscar. Era pivô e pertencia ao time do Corinthians.

Na Seleção Brasileira, participou de quatro Campeonatos Mundiais, conquistando duas medalhas de ouro (1959 no Chile e 1963 no Brasil) e duas de prata (1954 no Brasil e 1970 na Iugoslávia). Além disso, garantiu duas medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960 e Tóquio em 1964. Marques também foi campeão sul-americano em 1958, 1960, 1961 e 1963.  

Curioso! Em 1969 participei dos Jogos Abertos do Interior, em Franca, no time de tênis de mesa da Caldense. Ficamos em segundo lugar, perdendo para Mogi Guaçu.

Assisti o time de basquete do Clube dos Bagres, da cidade. O grande nome era Hélio Rubens. Mas já começavam a aparecer os novos craques. O que mais se destacou foi Fausto Gianechini. Hélio tinha dois irmãos craques. O mais novo, Fransérgio, era o rei dos contra-ataques. Rapidíssimo. Mas o jogador que mais me impressionou foi Lazaro “Totó” Garcia. Para mim, era a estrela do time, um ala-pivô com excepcional visão de jogo. Mas não fez carreira.

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