Em entrevista ao Café PT desta sexta-feira (9), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, fez um balanço dos avanços sociais obtidos desde 2023. Ele afirmou que a superação da fome e da pobreza é prioridade central do governo Lula.

“O presidente Lula costuma dizer que [essa política] é o próprio coração do governo”, destacou o ministro. Segundo ele, os dados mais recentes apontam que a insegurança alimentar grave foi reduzida em 85%, e o Brasil registrou queda expressiva da fome e da miséria.

“A extrema pobreza caiu de cerca de 9% para 4%. A pobreza, que tinha chegado a 37%, caiu para 25%. É uma redução forte.”

Bolsa Família e classe média

O ministro destacou que os programas sociais não são apenas paliativos, mas motores do desenvolvimento. Ao citar o Bolsa Família, Dias frisou que o objetivo é garantir renda e criar oportunidades.

“A transferência de renda, junto com alimentação escolar, aquisição de alimentos e a Cozinha Solidária, chega às pessoas certas e garante resultados reais.”

O ministro afirmou ainda que o Brasil recuperou sua capacidade de mobilidade social. Segundo ele, a classe média, que vinha diminuindo, voltou a crescer.

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“Mais de 50% dos domicílios estão novamente na classe média. É a prova de que o programa social está alinhado ao projeto de desenvolvimento econômico.”

Ele explicou que o governo Lula promoveu mudanças importantes nas regras do Bolsa Família para incentivar o emprego formal, garantindo segurança a quem conquista renda.

“Mesmo com carteira assinada, a pessoa continua no Bolsa Família enquanto estiver na pobreza. E, se perder o emprego, volta automaticamente para o benefício. Isso criou confiança”, disse.

Ele ressaltou também os avanços na geração de empregos. “Em dois anos, foram 16,5 milhões de admissões. Em 2024, 98,8% do saldo positivo de empregos foi ocupado por pessoas do Cadastro Único.”

Programa Acredita

O ministro também comemorou o crescimento do “Acredita no Primeiro Passo”, programa de apoio ao empreendedorismo popular.

“Já são 200 mil empresárias e empresários, a maioria mulheres. Apoio técnico, crédito barato e fundo garantidor federal. Isso é superar a pobreza”, afirmou.

Ele ressalta que o governo Lula apoia empreendimentos urbanos e rurais, como salões de beleza, oficinas e pequenos comércios, com crédito de até R$ 21 mil e juros baixos.

Cozinhas solidárias

Ao falar da Cozinha Solidária e da população em situação de rua, Dias classificou o tema como “alta complexidade”.

“Quando alguém vai morar na rua, é sinal de que a sociedade falhou. Nosso trabalho é garantir acolhimento, reintegração familiar e dignidade.”

Ele informou que 32 mil pessoas em situação de rua já foram acolhidas com moradia, especialmente por meio do aluguel social e das vagas no Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Durante a entrevista, o ministro relatou os esforços do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) no apoio às vítimas da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul (RS).

“O presidente Lula levou os três poderes para o estado. Criamos abrigos, garantimos aluguel social, reconstruímos escolas, hospitais e cuidamos dos empreendedores que perderam tudo.”

“O PIB do Rio Grande do Sul voltou ao patamar de 2023. Cresceu muito acima da média nacional.”

COP 30

Dias também falou sobre os preparativos para a COP 30, que será sediada em Belém, no Pará, e terá foco na integração entre políticas sociais e ambientais. “Lula disse: ‘Quero o mundo na Amazônia’. É preciso falar da Amazônia conhecendo a Amazônia.”

Entre os projetos, ele destacou a proposta de “florestas produtivas”, que alia recuperação ambiental com geração de renda.

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“Estamos plantando açaí, cupuaçu, cacau, guaraná. Uma floresta com valor social e econômico.”

O evento também contará com participação direta de beneficiários do Cadastro Único na organização e prestação de serviços.

Presidente do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, Wellington Dias relatou que o modelo brasileiro virou referência internacional.

“A experiência brasileira de transferência de renda com condicionalidades já é modelo para quase 90 países. Até a China avançou baseada no nosso exemplo.”

Ao final da entrevista, o ministro celebrou o crescimento do IDH do Brasil, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e reforçou o compromisso do governo Lula até 2030.

“Temos hoje o mais baixo nível de miséria, de pobreza e de desigualdade da história. E vamos seguir reduzindo a fome e a pobreza no Brasil e no mundo.”

Da Redação

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Last Update: 09/05/2025