Considerado um nome forte para a disputa ao governo de Minas, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia (foto/reprodução internet), que também já foi vice-governador, desconversa quando o assunto é voltar a participar de uma eleição. Preferindo atuar nos bastidores, ele considera que o campo progressista tem dois bons nomes para a disputa e defende a atuação do presidente Lula e a primeira-dama Janja da Silva, que segundo ele, é uma mulher do seu tempo. 

O governo de Minas está no seu radar, te atrai voltar ao Poder Executivo?

 Não. Me atrai é ter um candidato a governador que seja progressista, que veja com bom senso, com equilíbrio e com segurança, a necessidade de fazer o crescimento de Minas Gerais, uma melhoria da educação pública, melhoria da saúde pública. Sempre melhoria. Por melhor que os atuais governos estejam trabalhando, os futuros têm que buscar fazer melhor. Estamos aí em busca de nomes brilhantes que possam fazer esse trabalho.

O senhor falou o nome da Marília Campos, mas os seus aliados veem no senhor o nome ideal. É uma possibilidade?

Eu já passei da cota. Marília é uma grande prefeita, eleita pela segunda vez. É uma liderança brilhante. Eu vejo hoje dois nomes com muita naturalidade: o dela e o do Rodrigo Pacheco. Ele foi um grande deputado, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, senador, presidente do Senado por 4 anos, com uma ação irrepreensível. É um jovem brilhante. Então, temos dois nomes já para discutir aí. Todos os dois do nosso campo progressista.

O presidente Lula tem passado por algumas questões provocadas pela primeira-dama Janja, com críticas de pessoas até do seu entorno. O senhor acha que ela prejudica o presidente? 

O presidente é uma pessoa admirável. É inquestionável o brilhantismo dele, ainda mais nessa viagem. Quer dizer, cada vez ele se prova mais e mais para quem ainda duvida da sua capacidade. E ele está casado com uma mulher que é uma mulher ativa. Ela é uma mulher do mundo moderno, uma mulher atual, uma mulher que não apenas acompanha o marido, mas também participa. Vejo com muito bons olhos a sua atuação. A minha mulher, por exemplo, com que eu sou casado há 55 anos, ela participa de tudo da minha vida. Eu não dou um passo sem conversar com ela, sem discutir com ela. Assim eu vejo a minha filha também. Vejo o meu filho com a esposa dele. As mulheres são companheiras nossas e elas devem participar sim. E como tem muita gente que não gosta daqueles que estão na vida política, então, tem sempre um questionamento no ar.

A popularidade do presidente está em queda e com essa polêmica no INSS e outros assuntos que geram desgaste, a tendência é continuar em baixa. O governo erra?

O senador Jaques Wagner teve uma fala monumental. Eu acho que todo mundo do Brasil devia ouvir o que ele falou. Ele mostrou rigorosamente como isso começou em 2017, transitou durante 4 anos, no último governo, entrou no nosso governo e foi esse governo que tomou todas as providências para botar na cadeia esses patifes que estavam roubando os aposentados em conluio com gente lá dentro. Mas quem tomou a providência foi o governo atual. Agora demorou dois anos, um ano e meio. Quem é que comeu mosca? Aí fica todo mundo fazendo essa análise. Mas isso lá de trás já vinha sendo denunciado e ninguém tomou providência. A providência foi tomada agora.

Mas como recuperar a imagem do presidente? A equipe dele não está sabendo encontrar o caminho?

A imagem dele é inquestionável. Ele é uma pessoa que tem o respeito de mais da metade da população, tanto é que ele ganhou a eleição contra tudo e contra todos. E a liderança dele é inquestionável, porque a paixão dele é o povo brasileiro. Isso contamina as pessoas. Todo mundo sabe, faz parte da nossa atividade criticar o governo incumbente, mas faz parte também, na hora da eleição, analisar os reais valores de cada candidato e o Lula é inquestionável.

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Last Update: 31/05/2025