O total de investimentos brutos no Brasil (gastos com obras, máquinas, equipamentos e outros bens de capital) aumentou 6,9% ao longo de 12 meses em 2024, o que representa a melhora da capacidade produtiva do país dentro do período avaliado, segundo estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre investimento líquido e estoque de capital.
Esse ciclo de crescimento da formação bruta de capital fixo (FBCF) já superou as taxas de variação observadas em três dos últimos cinco ciclos de crescimento. Ficou abaixo apenas das taxas observadas após as crises de 2008-2009 e de 2020.
Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento interanual do estoque de capital líquido foi de 1,5% 2024, com dados de dezembro, sendo o maior valor observado desde 2014. Em 2023, o aumento havia sido de 0,6%.
Segundo o Ipea, estoque de capital refere-se ao conjunto de bens duráveis que são utilizados para produzir bens e serviços.
Apesar do resultado positivo relacionado ao estoque de capital no ano passado, o ritmo de crescimento foi inferior ao observado nas fases de maior dinamismo da década de 2000, quando a taxa chegou a 3,6% no pico em 2011.
Queda no ritmo de depreciação do estoque de capital
De acordo com a pesquisa, a depreciação do estoque de capital (que mede a desvalorização dos bens de capital ao passar do tempo) começou a diminuir em meados de 2023 e manteve esse ritmo – a depreciação acumulada em doze meses no final de 2024 indicou diminuição de 5,1% em relação a dezembro de 2023.
Ao mesmo tempo, o investimento líquido (Formação Bruta de Capital Fixo excluído o valor da depreciação) disparou 150% no período. Todos os componentes do investimento líquido registraram crescimento, com destaque para o setor de máquinas e equipamentos, que voltou a apresentar valor positivo no acumulado em doze meses após três anos.
De acordo com o Ipea, a recuperação do investimento líquido total entre 2020 e 2023, no acumulado em doze meses, baseou-se principalmente na evolução do componente de construção, ao passo que o aumento observado em 2024 contou com contribuição relevante de todas as categorias, mas especialmente do setor de máquinas e equipamentos.
Veja mais informações a respeito na íntegra do estudo divulgado pelo Ipea.