A Voepass entrou, nesta terça-feira 22, com um pedido de recuperação judicial. A companhia aérea está com operações suspensas desde o dia 11 de março, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) detectou falhas de segurança constatadas após o acidente que matou 62 pessoas em Vinhedo (SP).
A recuperação judicial, segundo a própria empresa, visa uma reorganização para que a operação seja retomada.
Para sair do papel, a recuperação precisa receber o aval da Justiça. Caso o pedido seja aceito, todos os passivos da empresa serão congelados e renegociados. As dívidas ultrapassem os 400 milhões de reais.
As indenizações pelo acidente em São Paulo, de acordo com a própria companhia, ficariam de fora desse congelamento e negociação. Os valores, neste caso, são pagos por uma seguradora.
Se deferido, essa será a segunda vez que a Voepass passará por recuperação judicial. A primeira foi realizada entre os anos de 2012 e 2017.
O novo pedido de recuperação ocorre, ainda, poucos dias após a Voepass anunciar demissão de seus funcionários. A empresa não esclareceu quantos foram afetados pelo corte, justificado na ocasião por dificuldades financeiras causadas pela suspensão das operações.