Nessa segunda-feira (30), a história da luta anti-imperialista ganhou mais um capítulo emocionante: a República Popular de Lugansk, que vivia em uma guerra heroica de libertação contra a ditadura naziucraniana desde 2014, conseguiu, enfim, expulsar os invasores de suas terras. Agora, o território é efetivamente livre e será integralmente incorporado à Federação Russa, conforme a vontade de seu povo.
Apesar de toda a campanha de calúnias promovida pelo imperialismo, segundo a qual a Rússia estaria “invadindo” a Ucrânia, o fato é que o país governado por Vladimir Putin não apenas agiu de maneira defensiva, lançando uma operação com vistas a impedir a constituição de uma base militar inimiga na sua fronteira, como também agiu em solidariedade a um povo que estava sofrendo um processo de genocídio. Oito anos antes de Putin iniciar a operação militar especial, a população de Lugansk já estava em guerra contra o regime naziucraniano erguido após o golpe de 2014.
Naquele ano, manifestações organizados pela Embaixada dos Estados Unidos na Ucrânia e por Organizações não Governamentais (ONGs) financiadas pela Central de Inteligência Norte-Americana (CIA) recrutaram grupos paramilitares de extrema direita neonazistas para derrubar o presidente ucraniano, que era um aliado do governo russo. Em reação ao golpe, a classe operária de diversas cidades ucranianas se rebelou — em especial, em Donetsk e Lugansk.
Na medida em que a luta se intensificou — inclusive com a participação cada vez maior das milícias nazistas —, a rebelião em Donetsk e Lugansk foi adquirindo cada vez mais os contornos de uma verdadeira insurreição armada. Semanas após o golpe de 2014, manifestantes invadiram o prédio do Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU) em Lugansk, desmoralizando o aparato de repressão. Em seguida, surgiria a milícia popular de Lugansk. Por fim, a milícia ocuparia a estação de televisão regional, a promotoria e a sede da polícia, tomando o poder político. Por meio de uma esmagadora maioria em referendo, o povo de Lugansk declarou sua independência em relação ao regime naziucraniano.
Tudo isso aconteceu com pouca ou nenhuma participação do governo russo, que ainda buscava uma posição de equilíbrio junto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Até 2022, a milícia popular enfrentou sozinha, bravamente, as tropas ucranianas armadas pelos Estados Unidos.
A resistência ao regime naziucraniana levou a uma mobilização tão profunda que deu origem, na República Popular de Lugansk, a um governo operário. No território controlado pela milícia popular, é proibida a venda de terras, é proibido o monopólio e a competição desleal, é proibida a privatização da saúde, educação e infraestrutura e o Estado é obrigado a fornecer moradia gratuita aos pobres e outros que precisem.
Com a operação militar especial, a Rússia conseguiu garantir a vitória da milícia popular de Lugansk. Lutando ombro a ombro com os soldados russos, os operários de Lugansk conseguiram, enfim, expulsar integralmente de suas terras as tropas naziucranianas.
A vitória da República Popular de Lugansk é, antes de ser uma vitória da Rússia, uma vitória dos métodos de luta da classe operária. É uma vitória da luta anti-imperialista, uma vitória da resistência armada e uma vitória de um governo operário. Que a bravura da milícia popular de Lugansk sirva de exemplo para que os povos de todo o mundo se levantem.
Viva a República Popular de Lugansk!