A Polícia-Técnico Científica de São Paulo informou, nesta terça-feira (13), que as 62 vítimas da queda do avião em Vinhedo, em São Paulo, morreram de politraumatismo em decorrência da queda.
Segundo o diretor do Instituto Médico Legal (IML), João Alves dos Reis, existe uma certeza científica sobre a causa da morte, uma vez que a aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros. As vítimas morreram, então, devido ao impacto da queda.
Algumas vítimas sofreram queimaduras e até carbonização, porém, ambas foram secundárias ao politraumatismo.
Até o momento, 27 dos 62 corpos já foram identificados. Doze deles já foram liberados para a família, entre eles o do piloto Luís Santos Romano, enterrado nesta terça, na Zona Leste de São Paulo.
Identificação
Também nesta terça, o trabalho de remoção dos itens pessoais das vítimas no local do acidente teve de ser interrompido. Novos restos mortais foram encontrados em meio aos destroços e os peritos da Polícia Científica terão de voltar ao local para removê-los.
Entre as prováveis causas do acidente estaria o acúmulo de gelo na estrutura do avião ATR-72, que aumenta o atrito da aeronave com o ar, altera a direção e a velocidade com que o ar passa e faz com que a aeronave perca velocidade e sustentação.
Assim, os modelos ATR-72 precisam de uma resposta rápida. Além da redução na altitude, a aeronave precisa ter um sistema anticongelamento.
Nesta terça-feira, o comandante Ruy Guardiola, ex-funcionário da VoePass, revelou que a equipe de manutenção da companhia usou um palito de fósforo para consertar o botão que aciona o sistema antigelo de uma das aeronaves.
Foi revelado ainda que o avião que caiu em Vinhedo teve um dano estrutural em março deste ano, de acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira.
A aeronave chegou a ficar alguns meses parada e foi colocada novamente em atividade no início de julho.
Este é o maior acidente aéreo desde 2007, quando 187 pessoas morreram depois que uma aeronave da TAM colidiu com o prédio da empresa, em São Paulo.
A Força Aérea Brasileira (FAB) colocou à disposição a aeronave KC-390, um cargueiro, para levar os corpos das vítimas de São Paulo para o Paraná.
Lista de passageiros
Adriana Santos
Adriano Daluca Bueno
Adrielle Costa
Alipio Santos Neto
Ana Caroline Redivo
Andre Michel
Antonio Deoclides Zini Junior
Arianne Risso
Constantino Thé Maia
Daniela Schulz Fodra
Denilda Acordi
Deonir Secco
Diogo Avila
Edilson Hobold
Eliane Andrade Freire
Gracinda Marina Castelo da Silva
Hadassa Maria da Silva
Hiales Carpine Fodra
Isabella Santana Pozzuoli
Jose Carlos Copetti
José Cloves Arruda
José Roberto Leonel Ferreira
Josgleidys Gonzalez
Joslan Perez
Kharine Gavlik Pessoa Zini
Laiana Vasatta
Leonardo Henrique da Silva
Liz Ibba Do Santos
Lucas Felipe Costa Camargo
Luciani Cavalcanti
Luciano Trindade Alves
Maria Auxiliadora Vaz De Arruda
Maria Parra
Maria Valdete Bartnik
Mariana Belim
Mauro Bedin
Mauro Sguarizi
Miguel Arcanjo Rodrigues Junior
Nelvio José Hubner
Paulo Alves
Pedro Gusson do Nascimento
Rafael Alves
Rafael Fernando dos Santos
Raphael Bohne
Raquel Ribeiro Moreira
Regiclaudio Freitas
Renato Bartnik
Renato Lima
Ronaldo Cavaliere
Rosana Santos Xavier
Rosangela Maria De Oliveira
Rosangela Souza
Sarah Sella Langer
Silvia Cristina Osaki
Simone Mirian Rizental
Thiago Almeida Paula
Tiago Azevedo
Wlisses Oliveira
Lista de tripulantes
Danilo Santos Romano, 35 anos.
Debora Soper Avila, 28 anos
Humberto de Campos Alencar e Silva, 61 anos
Rubia Silva de Lima, 41 anos