Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp) constatou que a suplementação de vitamina D em pacientes com câncer de mama aumenta a eficácia do tratamento quimioterápico e pode ser uma alternativa a drogas de difícil acesso que, atualmente, compõem o protocolo para aumentar a resposta da quimioterapia.
O estudo contou com a participação de 80 mulheres com mais de 45 anos, prestes a iniciar o tratamento oncológico. Metade delas receberam a suplementação, enquanto outras 40 ingeriram comprimidos placebo.
Como resultado, os pesquisadores constataram que 43% das pacientes que ingeriram vitamina D tiveram o desaparecimento da doença. Entre as que tomaram o placebo, o índice de remissão foi de 24%.
Para Eduardo Carvalho-Pessoa, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional São Paulo e um dos autores do estudo, os resultados são animadores e justificam novas rodadas de pesquisa com um número maior de participantes, a fim de aumentar as chances de remissão da doença.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até 2025.
O câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos).
Apoiado pela Fapesp, o estudo foi publicado em forma de artigo na revista Nutrition and Cancer.
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