No último domingo (25), o partido revolucionário libanês Hesbolá lançou uma série de ataques utilizando drones e foguetes contra o território ocupado por Israel, provocando uma resposta militar imediata da entidade sionista. As forças sionistas realizaram bombardeios contra instalações localizadas no sul do Líbano, supostamente alvos militares, porém atingindo também áreas civis, em um ataque que marcou o início da retaliação da resistência libanesa contra o enclave imperialista.
Em resposta à escalada, Israel declarou estado de emergência em diversas regiões próximas à fronteira com o Líbano, evidenciando a gravidade do conflito.
No dia seguinte, os combates continuaram ao longo da fronteira, com trocas de fogo pesado entre as duas partes. Relatórios indicam que pelo menos 15 combatentes do Hesbolá foram mortos, enquanto o lado israelense relatou a morte de cinco soldados e vários outros feridos.
No entanto, o impacto do conflito não se limitou aos combatentes; civis também foram atingidos pelos bombardeios. No Líbano, pelo menos 10 civis morreram e muitos ficaram feridos, enquanto em Israel, algumas áreas residenciais foram atingidas por foguetes, resultando em feridos.
A escalada do conflito foi marcada por uma intensificação das táticas por parte de Israel, que, na terça-feira (27), intensificou seus ataques aéreos, supostamente, visando depósitos de armas e centros de comando do Hesbolá. A entidade sionista, que se apresenta como vítima de agressões, lançou ataques preventivos contra alvos no sul do Líbano, alegando ter identificado planos do Hesbolá para uma investida significativa em seu território.
Em resposta, o Hesbolá declarou ter iniciado a primeira fase de um grande ataque, disparando 320 foguetes e drones que atingiram 11 instalações militares de Israel. Essa ação provocou o decreto de Estado de emergência em todo o território da ocupação israelense, com o Ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmando que Israel estava tomando medidas para mudar a situação no Norte e que isso não é o fim da história.
O Hesbolá, por sua vez, afirmou que sua operação foi concluída com sucesso, refutando as alegações de Israel sobre a destruição de milhares de lançadores de foguetes. Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hesbolá, desmentiu as afirmações de que mísseis estratégicos e precisos haviam sido destruídos, destacando que essas armas não foram utilizadas durante essa primeira rodada do conflito. Segundo Nasrallah, a Resistência libanesa tem uma estratégia clara e não pretende desperdiçar seus recursos mais valiosos de forma precipitada. Em resposta à morte de Fuad Shukr, figura proeminente do Hesbolá, o grupo prometeu uma ação ainda mais ampla, que segundo o dirigente, levará mais tempo para ser completada.
A reação de Israel ao ataque do Hesbolá, além de bombardeios aéreos, incluiu a suspensão de voos no aeroporto de Tel Avive e o acionamento de sirenes de alerta no norte do território ocupado. Autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, acompanharam a situação de perto. Netaniahu afirmou que a inteligência israelense estava conseguindo frustrar ameaças iminentes e que Israel está determinado a fazer tudo para defender seu território.
O conflito entre o Hesbolá e Israel é mais um exemplo da resistência contínua do Líbano contra a ocupação sionista e suas agressões na região. Sabidamente, o Hesbolá possui um braço armado forte e bem treinado, sendo uma das principais organizações do Eixo da Resistência no Mundo Árabe, além de serem apoiados pelo Irã e uma importante força de dissuasão de Israel e do imperialismo, no Oriente Médio.
A escalada dos confrontos ocorre em um momento de tensões cada vez mais elevadas na região, com negociações em andamento para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, mas que ainda não foram concluídas. O motivo da escalada da crise é o começo da retaliação libanesa ao assassinato de Shukr e o estado de suspense em que o Irã colocou o país artificial, ao anunciar que também irá responder ao assassinato do ex-dirigente do Hamas, Ismail Hanié, morto em Teerã pelas forças sionistas.
A situação atual revela o verdadeiro caráter da luta na região, com o Hesbolá mantendo suas capacidades militares intactas e prontas para enfrentar qualquer agressão do enclave imperialista. A resistência libanesa, liderada pelo Hesbolá, continua a ser um obstáculo decisivo para as ambições sionistas, demonstrando que, apesar das tentativas de Israel de neutralizar a ameaça, o Líbano permanece firme em sua luta contra a ocupação e a opressão da ditadura sionista.