O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que esteve à frente da pasta durante a primeira metade do governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o ex-presidente não recebeu um convite para a posse de Donald Trump. Ele também afirmou que Bolsonaro não compareceria ao evento por medo de ser preso nos Estados Unidos.
Weintraub destacou que o ex-chefe do Executivo está sendo investigado nos EUA sob suspeitas de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, venda de produtos roubados e falsificação de documentos.
“Ele não recebeu o convite para a posse na Casa Branca, ele não recebeu. É mentira. E qual é a razão provável? Ele está sendo investigado por cinco crimes diferentes aqui nos Estados Unidos. Bem avançado, inclusive já deveria ter sido julgado”, declarou.
URGENTE: ex-ministro do Bolsonaro dá a entender que o ex-presidente, mesmo com passaporte, não iria à posse do Trump devido AO MEDO DE SER PRESO nos EUA por suspeita de formação de quadrilha; lavagem de dinheiro; venda de produtos roubados e falsificação de documentos. pic.twitter.com/8Mp9mFoRAg
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) January 18, 2025
Na sexta-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou um recurso de Bolsonaro que solicitava a liberação de seu passaporte para participar da cerimônia de posse nos Estados Unidos. Moraes manteve a decisão anterior e enviou o caso à Procuradoria-Geral da República para análise.
Essa foi a quarta vez que o Supremo negou a devolução do documento, justificando que Bolsonaro não apresentou o convite formal para o evento.
Os advogados do ex-presidente haviam pedido autorização para sua saída do Brasil entre os dias 17 e 22 de janeiro. A posse de Donald Trump está marcada para a próxima segunda-feira (20), em Washington.
Impedido de viajar, Bolsonaro acompanhou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro até o Aeroporto Internacional de Brasília na manhã deste sábado (18). No local, o ex-capitão chorou ao comentar a decisão de Moraes, embora tenha evitado mencionar o ministro diretamente.
Ele acusou Moraes de tentar destruir a direita no Brasil, falou em “perseguição”, espalhou fake news sobre Lula, defendeu o voto impresso e minimizou a tentativa de golpe.
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