O médico Drauzio Varella afirmou que criminosos têm usado sua imagem na divulgação de vídeos falsos para vender remédios e criticou a Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram, por não remover os conteúdos. Ele conta que a companhia tem agido em conjunto com essas “quadrilhas” e contou que tentou contatar os responsáveis pelas plataformas, mas não teve sucesso.
“De início, entramos em contato com eles, falando ‘olha, está aparecendo uma propaganda falsa usando a minha imagem’. Primeiro, eles nem respondem. Segundo, quando respondem, dizem que não podem fazer nada porque aquela propaganda obedece às normas jurídicas da empresa”, relatou em entrevista à GloboNews.
Drauzio diz que eventualmente algum funcionário da empresa remove os conteúdos falsos, mas só quando “o estrago está feito”. “Eu encontro pessoas nas ruas, gente humilde, e isso é o que mais me dói, que diz ‘doutor, eu comprei aquele remédio para minha dor na coluna’. Eles anunciam problemas de saúde que são muito generalizados”, conta.
O médico diz que um dos vídeos falsos foi feito com base em uma declaração sua para reportagem do programa “Fantástico”, da TV Globo. Os criminosos usaram o trecho e incluíram a recomendação de um remédio.
“O que eles fazem? Levam para a plataforma e a plataforma impulsiona. A Meta é a pior de todas. A Meta, na verdade, faz parte dessas quadrilhas”, prossegue. Drauzio diz que a empresa atua como “parceira” e impulsiona esses golpes para milhões de usuários
Drauzio Varella explica como funciona apuração sobre fake news na Meta: "Eles nem respondem (…). Quando respondem, dizem quem não podem fazer nada (…) e não tiram do ar (…). A Meta, na verdade, faz parte dessas quadrilhas".
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— GloboNews (@GloboNews) January 14, 2025
A crítica do médico ocorre após as mudanças da Meta na moderação de conteúdo em suas plataformas. A empresa encerrou o programa de checagem de fatos nas redes sociais e tem alterado suas diretrizes para flexibilizar a permissão para discursos de ódio.
A companhia afirmou, após notificação extrajudicial da AGU (Advocacia-Geral da União), que as novas medidas serão implementadas inicialmente nos Estados Unidos.
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