VÍDEO: Trump ataca imigração e diz que “Somália fede” e somalis são “lixo”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou somalis de “lixo” em um discurso anti-imigração, reforçando ataques ao país africano e a imigrantes que vivem nos Estados Unidos. A fala ocorreu durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira (2), em meio ao escândalo em Minnesota envolvendo fraudes bilionárias atribuídas a americanos de origem somali.

Em sua fala, Trump disse que na Somália “eles não têm nada, só ficam por aí se matando” e declarou que “o país deles não presta por um motivo. O país deles fede, e nós não os queremos em nosso país”. O presidente afirmou ainda que os imigrantes somalis “não contribuem com nada”.

Ele também explorou temores raciais ao afirmar: “Estamos em um ponto de inflexão. Poderíamos ir em uma direção ou outra, e iremos na direção errada se continuarmos aceitando lixo em nosso país.”

Trump voltou a atacar a deputada democrata Ilhan Omar, que nasceu na Somália e representa Minnesota: “Ilhan Omar é um lixo. Seus amigos são um lixo.” Ela, no entanto, respondeu ao republicano no X: “Sua obsessão comigo é inquietante. Espero que você receba a ajuda de que necessita desesperadamente.”

Na semana passada, o governo Trump suspendeu proteções contra deportação de imigrantes somalis, em vigor desde 1991, quando a Somália entrou em colapso institucional.

Fraudes em Minnesota

O discurso ocorre durante investigações que apontam que mais de US$ 1 bilhão foi desviado por meio de cobranças fraudulentas em programas sociais no estado — muitos deles ligados a grupos de americanos de origem somali, segundo a Justiça.

Documentos obtidos pelo The New York Times revelam que o governo também prepara uma operação intensiva de fiscalização migratória, focada em somalis sem documentação na região de Minneapolis–St. Paul, onde vive a maior comunidade somali-americana do país.

Segundo a ONU, 70% da população da Somália vive em “pobreza multidimensional”. A guerra civil dos anos 1990 destruiu o Estado e intensificou a fuga de refugiados — muitos deles instalados em Minnesota nas últimas décadas.

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