Tarcísio de Freitas, então ministro da Infraestrutura, e o então presidente Jair Bolsonaro em evento no Palácio do Planalto, em 2020. Foto: Alan Santos/PR

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que ainda é cedo para falar da disputa eleitoral de 2026, mas que não existe direita sem o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu padrinho político. Ele é um dos cotados para substituir o ex-mandatário na disputa e terá que decidir até abril do ano que vem se lançará sua candidatura.

“Está muito cedo, falta um ano e meio para a eleição. O que temos de pensar agora é em entregar resultados”, disse Tarcísio a jornalistas durante um evento do grupo Esfera, na Brazil’s Week em Nova York (EUA), nesta segunda (12).

Na sequência, ele foi questionado se ainda existiria uma direita no país sem Bolsonaro e respondeu: “Não, não existe”. O ex-presidente está inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não admite publicamente que ficará fora da próxima disputa.

A declaração foi uma resposta a uma fala do ex-presidente Michel Temer, que defendeu que os aliados de Bolsonaro se mobilizem para decidir quem será o sucessor de Bolsonaro.

“Eu vejo que, nas conversas que eu tive com alguns governadores, eles estão muito dispostos a uma coisa dessa natureza. Se saírem cinco candidatos deste lado e um único candidato do outro lado, é claro que o candidato do outro lado vai ter uma vantagem extraordinária”, disse o emedebista.

Além de Tarcísio, também são cogitados os governadores Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Outros aliados de Bolsonaro defendem que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja candidata.

Tarcísio e Michelle são os favoritos de Bolsonaro, mas aliados tentam emplacar outros nomes. Algumas alas do PL, partido do ex-presidente, apresentam certa resistência aos dois e tentam convencê-lo a apoiar o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-secretário especial da Previdência e ex-ministro do Desenvolvimento Regional.

Ao mesmo tempo, Gilberto Kassab, presidente do PSD e desafeto político de Bolsonaro, tem causado um racha no PL. Ele tem tentado convencer Tarcísio a buscar a reeleição em São Paulo e “vender mais caro” um eventual apoio a Michelle em 2026.

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Last Update: 13/05/2025