Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos. Foto: reprodução

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, participou de um culto especial na Igreja Batista da Água Branca (Ibab) em São Paulo, na última sexta-feira (21). No culto, o ministro de Lula falou por mais de uma hora e seu discurso abordou os projetos que a extrema-direita leva ao Congresso usando a religião como defesa, sendo “envenenado pela ideologia”.

“Quem defende uma polícia violenta não é amigo dos policiais, é inimigo dos policiais. Porque está em engano, está envenenado pela ideologia do ódio quem quer que uma mulher que foi estuprada seja presa”, afirmou o ministro, sendo aplaudido pelos presentes.

O projeto de lei em questão equipara a pena por aborto após a 22ª semana de gestação à de homicídio, inclusive em casos de estupro. A urgência do projeto foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas devido à repercussão negativa, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a votação para depois das eleições.

Durante o culto, Almeida citou passagens bíblicas para falar sobre a ligação entre o cristianismo e os direitos humanos. A pasta sob seu comando está iniciando uma série de ações para dialogar com o público evangélico.

O convite para falar no culto foi feito pelo pastor Ed René Kivitz, cuja igreja é conhecida no meio evangélico por sua abordagem progressista. Kivitz foi publicamente contrário à reeleição de Bolsonaro (PL). Antes da fala de Almeida, cinco pastores e lideranças religiosas discutiram as ações do ministério, incluindo direito à educação, combate ao racismo, violência contra a mulher, e direitos para a população carcerária e de rua.

O pastor Zé Marcos Silva, de Coqueiral (PE), comentou que os evangélicos esperavam um sinal de diálogo como este há pelo menos 20 anos. “Esse povo foi descoberto por uma ala político-religiosa com ambições escusas. Eles aprenderam nossas linguagens e enredaram sorrateiramente as mentes das massas”, disse Silva.

Em 2023, outro evento na Ibab viralizou com a participação do pastor Marcelo Hermes que pregou contra a homofobia atacando os religiosos como Silas Malafaia e André Valadão. Na ocasião, ele falou de como o ódio pregado por eles tiram a vida de pessoas no Brasil por preconceito.

“Você quer saber o que é o espinho na carne de um homossexual? Não é o seu desejo, é a homofobia. Porque este mundo está cheio de mensageiros de satanás. É gente subindo ao púlpito, não para pregar amor, não para pregar graça, mas para pregar ódio. André Valadão, espero que você me ouça, você e Silas Malafaia estão sendo mensageiros de satanás”, disse o pastor.

“Temos que dar os nomes aos bois porque senão todo mundo pensa que a gente é farinha do mesmo saco. Não é não. Aqui tem um povo que preferiu abraçar o evangelho do amor, que não condena”, completou.

Na sequência, o religioso pediu para que os fieis levem palavras de amor aos pais e mães de pessoas homossexuais e citou que todos os dias uma pessoa tira a própria vida por não ser aceita dentro de casa. “Pais vão colocar filhos para fora de casa por causa de um mensageiro de satanás”, lamentou.

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Última Atualização: 01/07/2024