O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento do PL Mulher na última sexta-feira (7), em Brasília. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante um evento do PL Mulher nesta sexta-feira (6), em Brasília, que não vai “lacrar” em seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana. O interrogatório faz parte do processo penal que julga os réus envolvidos na tentativa de golpe.

“Não vou lá para lacrar, para querer crescer, para querer desafiar quem quer que seja. Estarei lá com a verdade ao nosso lado. Não fugimos de qualquer chamamento, sabemos o que falar e temos uma coisa ao nosso lado, que o outro lado não tem. Temos a verdade do nosso lado”, disse Bolsonaro.

O ex-capitão também pediu que os apoiadores acompanhassem seu depoimento à Primeira Turma do STF, que será transmitido pela TV Justiça. “O que aconteceu em 2022 com certeza será falado por mim quando, ao vivo, estiver no Supremo, os cinco ministros na minha frente me cobrando. Vale a pena assistir”, afirmou.

Os interrogatórios

Na próxima semana, o STF começará os interrogatórios dos réus, com Bolsonaro sendo o sexto a ser ouvido. O primeiro interrogado será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no processo. Os demais serão ouvidos em ordem alfabética.

Os depoimentos ocorrerão presencialmente, e, pela primeira vez, Bolsonaro e seus aliados estarão na sala de audiências da Primeira Turma do STF. Apenas o ex-ministro Braga Netto será ouvido de forma virtual, pois permanece preso no Rio de Janeiro.

Os réus fazem parte do “núcleo crucial” da tentativa de golpe. Eles são: Jair Bolsonaro, Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência).

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Last Update: 07/06/2025