VÍDEO: Repórter cala bolsonaristas com pergunta certeira no Congresso

Os deputados Cabo Gilberto (PL-PB), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Hélio Lopes (PL-RJ) e Rodrigo Dazaeli (PL-MT). Foto: Reprodução

O protesto com esparadrapos na boca protagonizado por parlamentares bolsonaristas na Câmara virou motivo de piada nas redes, mas também foi marcado por um momento jornalístico exemplar. O repórter Humberto Sampaio, do portal BNews, ao invés de dar palco para a encenação bolsonarista, fez uma única pergunta objetiva que desestruturou o grupo.

A pergunta foi feita durante a coletiva improvisada pelos bolsonaristas na área externa do Congresso, onde senadores e deputados se apresentaram com esparadrapos na boca em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) e pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Desde quando descumprir ordem judicial virou facultativo no Brasil?”, questionou o repórter, deixando as marionetes do “mito” com cara de tacho. “A gente tem assistido, nos últimos dias, a descumprimentos correntes, como foi o caso do Marcos do Val e do Bolsonaro.”

A pergunta, feita de forma calma e educada, expôs o vazio dos discursos que tentavam tratar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro como uma perseguição. Sem resposta direta, os parlamentares se atrapalharam e passaram a repetir chavões. Sampaio mostrou o que é fazer jornalismo de verdade: confrontar narrativas com fatos. A atitude do repórter viralizou nas redes e foi amplamente elogiada.

O grupo é composto pelos deputados Cabo Gilberto (PL-PB), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Rodrigo Dazaeli (PL-MT), Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Este último não participou da coletiva por questões de saúde.

Os bolsonaristas, além de chamarem Moraes de “ditador da toga”, o acusaram de instaurar um “estado policial” no Brasil e de abuso de autoridade e violação da Constituição ao, segundo eles, autorizar a prisão e restringir a liberdade de manifestação de parlamentares eleitos.

De acordo com o deputado Cabo Gilberto, que liderou a coletiva patética, o estopim para o pedido de impeachment foi a decisão de Moraes que teria autorizado a prisão dos cinco parlamentares após manifestações na Praça dos Três Poderes.

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