Mesmo após ser morto com um tiro de fuzil na cabeça durante operação do Bope na última terça-feira (13), o perfil no Instagram de Daniel Falcão dos Santos, o “Gotinha”, segue sendo atualizado com vídeos que mostram sua antiga rotina de ostentação com músicas de funk e louvores. Segurança pessoal do traficante TH da Maré, Gotinha foi morto junto do chefe durante troca de tiros com policiais em um bunker no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
As postagens, mantidas por terceiros, chamaram a atenção da Polícia Civil. Nos stories salvos pela coluna Na Mira, do Métrópoles, Gotinha aparece em festas com amigos, usando drogas, curtindo uma piscina em laje de comunidade, dirigindo carro elétrico e pilotando motos de luxo.
As imagens contrastam com o violento fim do criminoso, que tinha mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas, associação ao tráfico e porte ilegal de arma.
— VIDRAÇA TAMBÉM É GENTE, GENTE… (@VidrsGente) May 17, 2025
Papel no tráfico
Investigado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Gotinha exercia função estratégica no TCP (Terceiro Comando Puro), atuando como braço direito de TH da Maré. Segundo apurações, ele intermediaba ordens da facção e fazia cobranças dentro das favelas da Maré.
O grupo era procurado desde os assassinatos do cabo Michel Augusto Mikami (2014) e do soldado Hélio Messias Andrade (2016), ambos mortos ao entrar por engano no complexo.
Gotinha e TH da Maré foram velados e enterrados na quarta-feira (14). Nas redes sociais, amigos reclamaram que o caixão estava fechado, fotos que circulam mostram que a cabeça do criminoso foi completamente destruída pelo tiro fatal.
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