Neste Domingo de Páscoa (20), o Papa Francisco fez uma aparição pública na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde abençoou milhares de fiéis reunidos para a tradicional celebração e participou da bênção Urbi et Orbi. Sua presença, marcada por aplausos entusiasmados e aclamações da multidão, foi especialmente simbólica, considerando sua recente recuperação de uma grave pneumonia dupla.
Embora não tenha presidido a Missa de Páscoa — delegada ao cardeal aposentado Angelo Comastri — o Papa apareceu na varanda da Basílica de São Pedro ao fim da celebração. Com a voz visivelmente mais firme desde a hospitalização, saudou os fiéis com entusiasmo: “Irmãos e irmãs, Feliz Páscoa!”.
A cena emocionou os presentes, que romperam em aplausos ao som dos hinos da Santa Sé e da Itália, executados por uma banda militar. Do alto da galeria, Francisco acenou para os fiéis e acompanhou a leitura de seu discurso, feita por um assessor. Sua aparição foi um gesto de fé e resiliência, reforçando a importância da data para os cristãos ao redor do mundo.
Antes de se dirigir à basílica, o pontífice recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, em seu local de hospedagem. O encontro breve, ocorrido enquanto Vance visitava Roma com a família para celebrar a Páscoa, reforçou o tom espiritual e diplomático da ocasião.
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— Vatican News (@vaticannews_pt) April 20, 2025
A cerimônia foi realizada sob um céu claro, embora em uma manhã fria de primavera. O cenário ganhou um tom de cor e esperança com a presença de narcisos, tulipas e outras flores doadas pela Holanda, em uma tradição anual que enche a Praça de São Pedro de vida e beleza.
Desde que recebeu alta hospitalar em 23 de março, após 38 dias de internação, o Papa Francisco tem aparecido em público apenas em ocasiões pontuais. Ele se ausentou dos ritos da Sexta-feira Santa e do Sábado Santo, mas sua participação no Domingo de Páscoa já era esperada, conforme os planos litúrgicos do Vaticano.
A Páscoa — a data mais importante do calendário litúrgico cristão — foi celebrada este ano simultaneamente por católicos e ortodoxos. A ocasião também coincidiu com o anúncio de uma trégua temporária da Rússia em sua guerra contra a Ucrânia, ampliando o simbolismo de esperança, renovação e busca por paz.
Neste ano, a fragilidade visível do Papa e sua voz ainda debilitada refletiram não apenas os efeitos de sua recuperação, mas também o peso dos seus 87 anos. Ainda assim, sua presença diante dos fiéis reforçou uma mensagem poderosa de resistência, fé e proximidade com os marginalizados — como já havia demonstrado na visita a uma prisão romana na Quinta-feira Santa.
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